Terça, 11 De Fevereiro De 2025
       
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PF quer adiamento no prazo para inquérito sobre morte de Genivaldo


Publicado em 23 de agosto de 2022
Por Jornal Do Dia Se


Milton Alves Júnior

Prestes a completar três meses da abordagem protagonizada pela Polícia Rodoviária Federal (PRF) – a qual resultou na morte de Genivaldo de Jesus Santos, de 38 anos, a Superintendência da Polícia Federal oficializou no final da manhã de ontem que deve solicitar junto ao Ministério Público Federal (MPF), um novo pedido de adiamento para concluir o inquérito que investiga a ocorrência. Caso se confirme, esse será o segundo adiamento protocolado pela equipe que investiga a ação promovida pelos agentes federais Kleber Freitas, Paulo Rodolpho e William Noia no dia 25 de maio, no município sergipano de Umbaúba, distante a 109 km da capital, Aracaju. O primeiro pedido de adiamento aconteceu em 22 de junho; já o segundo ocorreu na segunda quinzena de julho.
Conforme o JORNAL DO DIA vem destacando desde o dia do óbito, a vítima morreu depois de ter sido trancado no porta-malas de uma viatura da PRF e submetido a inalação de gás lacrimogêneo por mais de cinco minutos. Imagens capturadas por familiares, amigos e demais moradores do município – atrelado aos depoimentos colhidos -, ajudam na apuração dos fatos A certidão de óbito concedida pela Secretaria de Estado da Segurança Pública (SSP), por intermédio do Instituto Médico Legal (IML) apontou asfixia e insuficiência respiratória. O estudo científico foi repassado para os familiares no dia 26 de maio – um dia após a morte. Outros dois agentes assinaram o boletim operacional, mas foi constatado que ambos não participaram da abordagem.
Por duas oportunidades no decorrer dos últimos 60 dias o JD se deparou com um dos envolvidos na abordagem fatal. A fim de registrar o respectivo posicionamento sobre a ação, houve tentativa de diálogo com o acusado, mas sem sucesso. Por orientação dos advogados de defesa os três agentes da Polícia Rodoviária Federal não estão concedendo entrevistas; todos seguem limitados a apresentar esclarecimentos aos órgãos oficiais e federais de investigação. O resultado do inquérito é de interesse dos membros da Ordem dos Advogados do Brasil (OAB), da Comissão de Direitos Humanos do Senado Federal, Câmara Federal, entidades sociais, bem como corporações internacionais, a exemplo da Organização das Nações Unidas (ONU).
Por parte dos amigos e familiares a pressão acontece desde o momento da abordagem, em especial quando o sobrinho e a esposa de Genivaldo de Jesus Santos informaram aos agentes que a vítima sofria de problemas de saúde. No dia 25 do mês passado, após novo depoimento concedido ao Ministério Público Federal, em Sergipe, Walisson de Jesus Santos, sobrinho de Genivaldo, foi quem revelou que a Polícia Federal estaria solicitando ampliação do tempo para análise dos fatos. Na ocasião foi concedido mais 30 dias; até o início da noite de ontem a Superintendência Regional da PF não havia se manifestado oficialmente sobre o quantitativo de dias a ser implantado no novo prazo.

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