Sexta, 17 De Janeiro De 2025
       
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Polícia identifica 3º assaltante de joalheria


Publicado em 06 de dezembro de 2014
Por Jornal Do Dia


Os dois assaltantes que foram presos no interior do Paraná e as joias já recuperadas

AS JÓIAS QUE FORAM RECUPERADAS PELA POLÍCIA COM UM DOS ASSALTANTES É AVALIADA EM R$ 600 MIL. O TERCEIRO BANDIDO ESTÁ FORAGIDO

Gabriel Damásio
gabrieldamasio@jornaldodiase.com.br

Já estão em Aracaju os dois acusados de participação no assalto à Joalheria Fontes, que aconteceu dentro do Shopping Jardins, no dia 23 de novembro. Os paranaenses Reginaldo José Lisboa dos Santos, 40 anos, e Eleandro Matias, 36, foram presos na semana passada em Cruzeiro do Oeste (PR), depois de uma operação conjunta do Centro de Operações Policiais Especiais (Cope), da Polícia Civil sergipana, com as polícias Civil e Militar do Paraná. Ambos foram trazidos de Curitiba (PR) na madrugada de ontem e apresentados pela manhã na sede do Cope, no bairro Capucho (zona oeste).

Com a dupla, os policiais sergipanos recuperaram cerca de dois quilos de ouro, equivalentes a uma parte das joias roubadas na Fontes – cerca de 70% de seu total de mercadorias. Também foi apreendido um caminhão de mudanças que foi usado no assalto em Aracaju. Foi divulgado ainda o nome do terceiro envolvido no roubo: o também paranaense Geandro Ricardo Ribeiro, 35, que, assim como Reginaldo e Eleandro, já foi preso por outros assaltos à mão armada e envolvimento com quadrilhas especializadas no ramo. Geandro continua foragido e já teve a prisão preventiva decretada.

O diretor do Cope, Jonathas Evangelista, confirmou que os três acusados são considerados de alta periculosidade e já cometeram assaltos semelhantes em joalherias de shoppings de cidades de Minas Gerais, Santa Catarina e Rio Grande do Sul. Um destes crimes foi em 14 de julho deste ano, no centro de Criciúma (SC). Outros dois aconteceram em Minas, sendo um no dia 14 de abril em Governador Valadares, e outro no dia 3 de outubro em Montes Claros. Uma das joalherias mineiras teve um prejuízo superior a R$ 300 mil. E em 7 de julho, foi a vez do principal shopping de Pelotas (RS), onde uma zeladora chegou a ser baleada durante a fuga dos bandidos.

Aracaju foi o alvo seguinte do trio e, segundo o Cope, tudo começou a ser planejado em 8 de novembro, quando Reginaldo chegou para participar de um evento de capoeira e começou a levantar informações nos shoppings Jardins e Riomar. "Ele chegou a ir a joalheria assaltada dando uma de cliente, analisando peças e observando o cofre no local", explicou o delegado. O levantamento continuou com Eleandro, que veio para Sergipe em 11 de novembro, vindo de Joinville (SC) com o caminhão de mudanças da irmã. A polícia apurou que Eleandro trouxe consigo as pistolas usadas no assalto e aguardou por Reginaldo e Geandro, que embarcaram de Curitiba para Aracaju entre os dias 20 e 21.

Na véspera do assalto, os três paranaenses passaram a noite na Odonto Fantasy, que acontecia no Mosqueiro (zona de expansão), e decidiram por o plano do assalto em prática na tarde de domingo, assim que o Jardins abrisse o expediente. E foi o que aconteceu, quando dois deles entraram armados na Fontes e renderam três funcionárias. "Reginaldo e Geandro participaram diretamente do assalto. Após o crime eles utilizaram uma motocicleta que foi comprada por eles dias antes e abandonada após a fuga nas proximidades do Hotel Ibis. Eleandro estava esperando a dupla no caminhão. Eles então fugiram de volta ao Paraná neste mesmo caminhão", relatou a delegada Aliete Melo, que também participou das investigações.

No Paraguai – Após o crime, as imagens divulgadas pelo circuito de segurança da joalheria foram cruzadas com outras informações levantadas pela Divisão de Inteligência Policial (Dipol), que descobriu a presença dos três suspeitos no noroeste do Paraná. "Em Curitiba, nós recebemos a informação de que o Reginaldo e o Eleandro se deslocariam para a cidade de Umuarama, onde encontrariam um receptador para avaliar as joias e encaminhá-las para a revenda no Paraguai. Já em Umuarama, conseguimos efetuar as prisões deles e, na volta para Curitiba, encontramos uma parte das joias na casa de um dos parentes de Reginaldo", explicou Jonathas.

A polícia descobriu ainda que outras duas partes da mercadoria roubada em Aracaju ficaram com os outros dois, sendo que Eleandro já tinha conseguido repassar sua parte para um receptador – e este revendeu as joias igualmente no Paraguai. A parte que ficou com o foragido Geandro também não foi localizada, mas a polícia acredita que as joias ainda estão com ele. "Não é possível fazer uma avaliação de quanto vale as joias recuperadas, mas acreditamos que há cerca de 1,8 quilo de ouro para ser devolvido", explicou Evangelista. As investigações continuam agora para saber quem foram os receptadores das joias da Fontes. As polícias mineira, gaúcha e catarinense já pediram informações ao Cope sergipano e devem colaborar com esta fase das apurações.

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