APESAR DO AUMENTO, CESTA BÁSICA DE ARACAJU É A MAIS BARATA DO PAÍS; PREÇO DA CARNE BOVINA TEVE O MAIOR AUMENTO NO MÊS. Foto: Marcelo Casal Jr/ABr
Preço da carne em Aracaju teve o maior aumento
Publicado em 10 de março de 2022
Por Jornal Do Dia Se
Milton Alves Júnior
O mais recente levantamento econômico realizado pelo Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos (Dieese), mostra que Aracaju segue ofertando aos consumidores, a cesta básica com o preço mais baixo. Os dados, apresentados no início da tarde de ontem, faz comparação às demais 26 capitais, além de Brasília.
Em nota pública, o Departamento destacou que no último mês de fevereiro, o valor do conjunto dos alimentos básicos aumentou em todas as capitais onde o próprio DIEESE realizou a Pesquisa Nacional da Cesta Básica de Alimentos. As altas mais expressivas ocorreram em Porto Alegre (3,40%), Campo Grande (2,78%), Goiânia (2,59%) e Curitiba (2,57%).
São Paulo foi a capital onde a cesta apresentou o maior custo (R$ 715,65), seguida por Florianópolis (R$ 707,56), Rio de Janeiro (R$ 697,37), Porto Alegre (R$ 695,91) e Vitória (R$ 682,54). Nas cidades do Norte e Nordeste, onde a composição da cesta é diferente das demais capitais, os menores valores médios foram registrados em Aracaju (R$ 516,82),
Recife (R$ 549,20) e João Pessoa (R$ 549,33). Essas pesquisas de campo são realizadas todos os meses com o propósito de monitorar o respectivo movimento econômico ao longo do ano. Paralelo ao valor da cesta, os técnicos envolvidos na análise confrontaram o valor das cestas básicas com o salário mínimo recebido pelo trabalhador brasileiro.
Em fevereiro de 2022, o tempo médio necessário para adquirir os produtos da cesta básica foi de 114 horas e 11 minutos, maior do que o registrado em janeiro, de 112 horas e 20 minutos. Em fevereiro de 2021, a jornada necessária foi calculada em 110 horas e 22 minutos. Quando se compara o custo da cesta e o salário mínimo líquido, ou seja, após o desconto de 7,5% referente à Previdência Social, verifica-se que o trabalhador remunerado pelo piso nacional comprometeu em média, em fevereiro de 2022, 56,11% do rendimento para adquirir os produtos da cesta, mais do que em janeiro, quando o percentual foi de 55,20%. Em fevereiro de 2021, quando o salário mínimo era de R$ 1.100,00, o percentual ficou em 54,23%.
Mais barata – Nos últimos 30 dias, o café é apresentado como o alimentos que mais sofreu reajuste inflacionário na cesta básica de Aracaju. A capital sergipana não está só nesse ranking que pesa no bolso do consumidor. Em fevereiro de 2022, o preço do quilo do café em pó subiu em 16 capitais, exceto em São Paulo, onde houve redução de -3,86%. As altas mais importantes aconteceram em Goiânia (7,77%), Vitória (5,38%), Aracaju (5,02%) e Brasília (4,99%). A preocupação com a queda do volume produzido na safra atual está causando impactos no preço do café nos mercados futuros, com reflexos também no varejo.