Professores fazem novo protesto no estado

Milton Alves Júnior

Em mais um ato público organizado pelo Sindicato dos Trabalhadores em Educação do Estado de Sergipe (Sintese), professores ocuparam na manhã de ontem a entrada principal do Palácio Governador Augusto Franco, sede administrativa do Poder Executivo Estadual, diante da perspectiva de demonstrar indignação a respeito da aprovação do Projeto de Lei sobre os rendimentos do magistério. Na avaliação dos educadores, os projetos aprovados congelam o triênio, criam um abono sem base legal e que possui como prazo de validade o mês de dezembro deste ano, bem como acabam com as gratificações de regência de classe e atividade pedagógica I e I.
Ainda segundo protestado pelos servidores estaduais, de forma paralela a estes danos, a aprovação da PL desenvolvida pelo governo de Sergipe vai gerar danos representativos aos aposentados a partir do momento em que o percentual de reajuste salarial será de 10,16%. Durante a mobilização [terceira realizada somente nesta semana], a classe trabalhadora declarou que a aprovação do Projeto de Lei por parte dos deputados estaduais, assim como a publicação no Diário Oficial – através do Palácio dos Despachos -, joga uma ‘pá de cal’ sob a carreira do magistrado sergipano. Dos 24 deputados, 14 optaram por aprovar o PL encaminhado pelo governo de Sergipe e, consequentemente, votar contra os interesses dos educadores.
Foram eles: Luciano Pimentel (Sem Partido), Vanderbal Marinho (PSC), Zezinho Guimarães (MDB), Janier Motta (PL), Maísa Mitidieri (PSD), Adailton Martins (PSD), Garibaldi Mendonça (MDB), Zezinho Sobral (Podemos), Francisco Gualberto (Sem partido), Jeferson Andrade (PSD), Gracinha Garcez (PSD), Capitão Samuel (PSC), Goretti Reis (PSD), e Luciano Bispo (MDB). Por meio da assessoria de imprensa o deputado Gilmar Carvalho informou que participava da sessão plenária de forma online, mas no momento da vocação enfrentou problemas na conexão de internet e não conseguiu oficializar o respectivo voto.
“Foi um ataque violento ao nosso plano de carreira. O Governo de Sergipe destrói definitivamente o plano de carreira do estado. Com a aprovação dessa lei, um professor de nível médio terá a mesma remuneração de um docente com mestrado ou doutorado. Qual o estímulo que vai ter o professor estudar? A valorização por estudo é crucial para qualificar e melhorar o trabalho em sala de aula do professor. Então o governo acaba com a valorização através da formação”, declarou o vice-presidente do Sintese, Roberto Silva.

Avanços – Em resposta ao movimento sindical, o governo do estado emitiu uma nota pública garantindo que: “a nova Lei incorpora a gratificação e resolve o problema, para que os professores garantam este direito no ato da aposentadoria. Também garante o pagamento do Piso aos professores- isso porque com o conjunto de gratificações os profissionais em atividade terão o reajuste de 33, 24%. O aumento salarial será concedido já na folha de abril, retroativo a janeiro.”