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Rodoviários demitidos voltam a protestar


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Publicado em 25 de novembro de 2021
Por Jornal Do Dia


Milton Alves Júnior

Reunidos em frente à Câmara Municipal de Aracaju (CMA), motoristas e cobradores demitidos no início deste mês de empresas que realizam o transporte coletivo da região metropolitana, voltaram a realizar protestos contra o processo de demissão em massa, bem como pela falta de pagamentos de salários, férias e demais direitos trabalhistas. De acordo com a direção do Sindicato dos Trabalhadores em Transportes Rodoviários de Aracaju (Sinttra), é preciso que os profissionais permaneçam pressionando o poder público, para que os pleitos possam ser atendidos em curto prazo. Essa é a segunda mobilização em menos de dez dias.

Em ambas as ocasiões, os trabalhadores não foram atendidos pelos gestores públicos – em especial, o prefeito Edvaldo Nogueira (PDT), e o presidente da CMA, Josenito Vitale (PSD). Conforme destacado pelo JORNAL DO DIA, na edição do sábado (20), a entidade sindical já ajuizou uma ação civil coletiva contra o Grupo Progresso, que compreende as empresas Paraíso, Tropical e Progresso. O Ministério Público do Trabalho também confirmou que abriu inquérito sobre o caso e que está tomando as providências cabíveis. Na tarde de ontem o JD tentou conversar com os representantes da Prefeitura de Aracaju e da Câmara Municipal de Aracaju sobre o pedido de amparo feito pelos rodoviários, mas não obteve êxito.

“Todo nós acabamos sendo desligados das empresas sem que houvesse qualquer garantia de respeito para com os nossos direitos. Na realidade esse tipo de descaso a gente já vem denunciando há mais de três meses, e, infelizmente, o prefeito que poderia nos dar uma força, não aparece para nos ouvir, recebe uma comissão em seu gabinete, ou pede para que algum assessor acompanhe esse nosso caso. Seria um ato acolhedor do prefeito, e que poderia resolver mais rapidamente os nossos problemas”, protestou Gilvan Oliveira, um dos rodoviários dispensados. Dos 242 trabalhadores demitidos, s 84 vestiam a farda da viação Modelo, e outros 172 integravam o quadro de servidores da empresa Progresso.

O anúncio de dispensa, que foi oficializado por volta das 9h30, do dia 09 deste mês, aconteceu menos de um mês após a classe trabalhadora ter suspendido o sistema por mais de 48h em sinal de protesto contra a recorrência de salários e demais direitos trabalhistas atrasados.

Por meio de nota pública o Setransp informou que: “os maiores custos entre as despesas para prestação do serviço são a mão de obra e o combustível, e as empresas têm enfrentado entraves para arcar com esses custos que são básicos para o funcionamento do transporte. Principalmente, diante do aumento do valor desses custos, como o diesel cresceu somente este ano quase 60%.” O Setransp completou destacando que: “lamenta que o transporte que é um serviço essencial e um direito social esteja enfrentando essa situação e reforça a importância de medidas emergenciais.”

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