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Saúde orienta para consumo saudável de água mineral


Publicado em 08 de novembro de 2014
Por Jornal Do Dia


O consumidor tem que observar se o garrafão possui selo fiscal

Todos os dias, milhares de pessoas consomem água mineral proveniente de garrafões de 20 litros. Quando não são observadas as boas práticas no processo de envase, armazenamento e distribuição, além das condições do garrafão, essa água pode trazer riscos para a saúde do consumidor.

De acordo com a gerente de Alimentos da Vigilância Sanitária Estadual (Divisa), Rosana Barreto, a primeira coisa a ser feita é analisar o garrafão quando entregue pelos distribuidores nas residências. "Os garrafões têm que estar lacrados e com o selo fiscal e sanitário. Sem o selo, o produto é clandestino. Mesmo lacrado, o garrafão pode apresentar vazamentos. No mesmo local onde sai a água, entram microorganismos que podem prejudicar a saúde. O garrafão não pode estar amassado, nem arranhado e deve estar dentro do prazo de validade", explicou Rosana Barreto.

A gerente orienta ainda que o consumidor deve conhecer o local onde a água é comprada para saber quais são as condições de armazenamento. "Em casa ou no local de venda, o garrafão não pode estar exposto à luz solar para não criar algas azuis e alterar as características químicas e físico-químicas. Não devem ser colocados diretamente no chão", complementou a gerente.
"O transporte dos garrafões deve ser feito em veículos fechados e destinados somente para esse fim. Não podem ser transportados e nem armazenados junto com gás, materiais de limpeza, solventes, combustíveis, entre outros produtos químicos", orientou Rosana Barreto.

Higiene do garrafão – Antes de abrir o garrafão e iniciar o consumo da água, é preciso higienizá-lo. "Antes de tudo, é preciso lavar as mãos com água e sabão. Depois, tirar o lacre, lavar o garrafão com água e sabão neutro e passar um pano embebido de álcool a 70% na parte externa, aguardar o álcool secar para depois consumir a água", disse Rosana Barreto.

A técnica reforça ainda que "não adianta higienizar o garrafão e não fazer a limpeza correta do bebedouro. Uma esponja deve ser utilizada somente para esse fim. Para limpar o bebedouro, é preciso retirar a cuba, lavá-la com água fervente e esgotá-la pela torneira. Encher a cuba novamente, colocar três colheres de sopa de água sanitária, deixar agir por 15 minutos e esgotá-la pela torneira. Depois disso, é necessário fazer o enxágue esgotando a água pela torneira novamente", explicou a técnica da Secretaria de Estado da Saúde (SES).
Desde 2012 que a SES, através da Divisa, vem trabalhando em parceria com as oito indústrias envasadoras presentes em Sergipe para melhorar a qualidade da água mineral: Entre Rios, Lev, São Cristóvão, Santa Cecília, Indiana, Imperial, Monte Claro e Indaiá.

A parceria ocorreu após técnicos da Divisa receberem o treinamento sobre as boas práticas na produção, transporte e armazenamento da água mineral. As indústrias receberam capacitações dos técnicos da Vigilância Sanitária e tiveram prazo para se adequar às regras antes do início da fiscalização.
"A Vigilância Sanitária promove parcerias para capacitar e orientar todo setor por ela regulado, antes de qualquer ação punitiva. Mesmo durante as ações de inspeção, quando achado alguma irregularidade, a indústria recebe mais orientações e prazo para adequação. Se persistida a irregularidade, a empresa sofre punição. Até o momento, somente uma empresa, entre as oito do Estado, sofreu uma interdição para adequação às boas práticas de envase, mas logo fez as adequações e foi desinterditada", disse Antônio de Pádua Pereira Pombo, diretor da Vigilância Sanitária Estadual.

"A Divisa tem a função de licenciar as fontes, fiscalizar as boas práticas de produção, verificar o transporte, dentre outras. A fiscalização da venda em estabelecimentos comerciais e o transporte até a casa do consumidor é função das Vigilâncias Sanitárias municipais", complementou o diretor.
O transporte da água quando saem das indústrias é fiscalizado em parceria com a Polícia Rodoviária Federal (PRF). Periodicamente são feitas ações de fiscalização nas rodovias e, no dia a dia da PRF, ao observar indícios de irregulares, os agentes interceptam os veículos e comunicam à Divisa, que imediatamente desloca seus fiscais para o local.

"Essa parceria com a PRF tem sido fundamental não só no transporte da água, mas de qualquer veículo que esteja transportando alimentos para consumo humano", disse Antônio de Pádua Pereira Pombo.
As fontes de água mineral também são oito no total e todas passam por fiscalização pelo menos quatro vezes ao ano, cada uma, onde são retiradas amostras que são enviadas para o Laboratório Central de Saúde Pública (Lacen), gerido pela Fundação de Saúde Parreiras Hortas.
"A análise da água mineral é feita de acordo com as diretrizes da Agência Nacional de Vigilância Sanitária, Anvisa. São verificadas as condições de acidez e transparência da água, a presença de coliformes fecais e totais, que são as bactérias que podem trazer prejuízos para a saúde das pessoas. Caso algum resultado seja insatisfatório, a análise da água é feita novamente. Se confirmado o resultado, a fonte pode ser autuada e interditada, mas se a irregularidade for do garrafão, somente o lote é interditado", explicou Rosana Barreto.

Selo Fiscal e Sanitário – Todos os garrafões de água mineral devem ter em seu lacre o selo fiscal da Secretaria de Estado da Fazenda (Sefaz). Nele contém um número que pode ser consultado através do site da Sefaz para verificar a autenticidade do produto.
De acordo com o diretor de Vigilância Sanitária da SES, o selo fiscal e sanitário da água mineral tem o objetivo de informar ao consumidor sobre a procedência e qualidade do produto. "O selo vale para qualquer garrafão de água mineral vendida em Sergipe, independente de ser produzida e envasada aqui no Estado", explicou Antônio de Pádua Pereira Pombo.

Confira o passo a passo para
verificar a procedência da água:
1- Acesse o site da Sefaz – www.sefaz.se.gov.br/
2- Clique no banner do canto superior direito do site escrito Água Mineral;
3- Acessar o link "Consulta ao Selo Fiscal de Controle";
4- Digite o número que consta no selo e clique para consultar;
5- As informações sobre a empresa envasadora que estão no site devem ser as mesmas descritas no rótulo do garrafão;
6- Em caso de divergência das informações, o consumidor pode fazer a denúncia para a Vigilância Sanitária através do e-mail covisases@saude.se.gov.br ou à Ouvidoria da Saúde pelo telefone 0800-286-3000 ou e-mail ouvidoria@saude.se.gov.br. A Sefaz também recebe denúncias pelo 0800-284-7579.

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