Sergipe registra 691 novos casos de gripe H3N2 com mais 26 mortes

Gabriel Damásio

A Secretaria de Estado da Saúde (SES) emitiu ontem um novo alerta epidemiológico, com a atualização dos casos da nova gripe Influenza A H3N2 em Sergipe. Agora, estão confirmados 691 casos positivos de Influenza A em 49 cidades do Estado. Desse total, 655 são da variante H3N2 e outros 36 não tiveram o subtipo identificado, o que será feito com exames complementares na Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz), no Rio de Janeiro (RJ).
O mesmo boletim confirmou que há, até o momento, o total de 26 mortes provocadas por complicações da doença. Destas vítimas, 80,6% eram pacientes idosos acima de 60 anos, que tinham algum fator de risco para gravidade em casos de influenza, como doença cardiovascular crônica, diabete mellitus, hipertensão arterial, tuberculose pulmonar, bronquite asmática, pneumopatias crônicas, entre outras. A média de idade entre os casos que evoluíram para óbito foi de 74,2 anos, sendo 50% de cada sexo.
As mortes ocorreram em 15 municípios: Aracaju (seis casos); Itabaianinha (três); Estância, Tobias Barreto, Tomar do Geru e Umbaúba (dois casos cada); Arauá, Barra dos Coqueiros, Carmópolis, Indiaroba, Itaporanga d’Ajuda, Japaratuba, Nossa Senhora do Socorro, Porto da Folha e São Domingos (um caso cada).
O alerta da SES citou ainda que, a circulação do H3N2 em todo o país provocou o aumento dos atendimentos nos serviços de saúde, públicos e privados, desde o mês passado. “O vírus influenza é de alta transmissibilidade, e com os eventos e comemorações de final de ano encontrou cenário propício à sua disseminação”, diz o documento, ponderando que a maior parte dos casos apresenta evolução benigna com a utilização de medicamentos sintomáticos. Já a minoria dos casos, pode evoluir com maior gravidade, necessitando de tratamento específico e até de internação hospitalar.
Para tentar diminuir a incidência destes casos, evitando o contágio, a SES orienta à população para que continue com os cuidados preventivos contra o vírus: o uso de máscara, a higienização das mãos e superfícies e manter o distanciamento social são atitudes que evitam o contágio. Já as pessoas que apresentarem síndrome gripal leve, devem buscar atendimento nas Unidades Básicas de Saúde de cada bairro ou cidade, permitindo que os casos de síndrome respiratória aguda grave (SRAG), sejam tratados nas unidades hospitalares.