Servidores cobram prioridade na folha de reajuste
Publicado em 14 de agosto de 2013
Por Jornal Do Dia
Kátia Azevedo
katiaazevedo@jornaldodiase.com.br
Os servidores públicos da rede estadual estão cobrando do governo prioridade no acesso ao reajuste anunciado pelo executivo para o mês de setembro.
A direção do Sindicato dos Trabalhadores nos Serviços Públicos de Sergipe (Sintrase) chama a atenção de que servidores da administração geral do estado são os que representam a categoria com menor remuneração de todo o quadro funcional da rede.
"Hoje 10 mil servidores de nível técnico recebem menos do que um salario mínimo. Não é possível que o governo pague pouco mais de R$ 500,00 e venha alegar limite prudencial. Entre todas as categorias profissionais que atuam no executivo estadual, somos a mais prejudicada e não concordamos com o reajuste concedido a outros setores", contesta o presidente do Sintrase, Waldir Rodrigues.
A categoria mantém estado de greve até o dia 31 de agosto, data-limite apresentada pelo governo para implantações de comissões de discussões de planos de carreira que vão anteceder o mês de setembro, quando o governo programou iniciar de forma gradativa a implantação do Plano de Carreira, Cargos e Remuneração (PCCR).
"Jackson Barreto prometeu ao sindicato que a negociação sobre a possibilidade de implantação do PCCR será retomada até final de agosto, mas até agora não houve nenhuma aproximação com o sindicato. Por isso já agendamos para a próxima quarta-feira, 21 de agosto, uma mobilização na Assembleia Legislativa. Queremos acompanhar toda a tramitação do projeto sobre reajuste salarial que está chegando na Casa", informa.
No primeiro semestre deste ano, a categoria deflagrou uma greve que só terminou diante do compromisso público do governo de fazer os ajustes necessários na máquina administrativa como forma de descompatibilizar custos para implantar o plano de carreira e valorização salarial dos servidores.
Sobre a importância da implantação do plano, Waldir Rodrigues enfatiza que não adianta discutir reajuste linear se a base salarial da categoria é de um salário mínimo e que a única solução viável é a implantação de um projeto que determine o salário, função e carreira dentro da administração pública.
Segundo dados do Sintrase, os servidores que operacionalizam serviços básicos e administrativos do estado recebem em média um salario liquido em torno de R$ 488.
A proposta do governo é esperar o resultado do quadrimestre, que é fechado no mês de agosto, para só então retomar a discussão sobre o plano dos servidores. Outra garantia dada por Jackson Barreto é que os servidores da administração geral serão a primeira categoria a ser convocada para a mesa de negociação após o fechamento do período sugerido para uma nova conversa com a categoria
Procuradores – Em greve a partir de hoje, os procuradores do Estado vão manter apenas 30% do efetivo operando, como exige a lei.
O objetivo da greve é pressionar o governo a reduzir despesas públicas com gastos operacionais na Procuradoria. A sistematização da oferta de serviços durante a greve será definida na manhã de hoje durante Assembleia Geral Extraordinária na sede da Associação dos Procuradores do Estado de Sergipe (APESE), situada na Praça Almirante Tamandaré, 76, bairro São José.
Segundo informações da APASE, a categoria vem negociando com o governo do Estado há mais de dois anos sem obter o devido retorno, apesar de ter apresentado um projeto que contempla a redução de custos operacionais dentro da própria Procuradoria Geral, reduzindo-se o numero de cargos comissionados, bem como o valor da gratificação em torno de 50%.
Dia 1º de agosto os procuradores fizeram uma paralisação de advertência na sede da Procuradoria Geral do Estado.