Servidores da Saúde marcam paralisação
Publicado em 21 de julho de 2012
Por Jornal Do Dia
Milton Alves Júnior
Inconformados com a contraproposta apresentada pelo Governo do Estado, que trata do novo Plano de Carreira, Cargos e Salários para quem atua na rede estadual de saúde, representantes dos enfermeiros, SAMU, médicos e Sintasa deliberaram na noite da última quarta-feira, 19, em favor da realização de uma greve a ser realizada no próximo dia 25. Durante assembléia extraordinária, os servidores estaduais apontaram ainda para uma possível greve geral, e por tempo indeterminado, a ser iniciada já no início do mês de agosto, caso o Governo não apresente uma contraproposta que agrade a todas as categorias.
Adilson Melo, representante da Comissão de Servidores do Samu, está na expectativa de que o secretário de Estado da Saúde, Silvio Santos, cumpra o que já foi garantido publicamente. "Alguns companheiros nossos se encontraram casualmente com o secretário e ele garantiu que até o dia 31 de agosto irá nos apresentar uma nova proposta. Caso isso não aconteça, certamente iremos nos unir e promover essa paralisação unificada", declarou. Ainda de acordo com Adílson, o governo menospreza os servidores. "Esperamos que com essa nova gestão seja diferente pois, os demais secretários só fizeram nos ignorar", concluiu.
Linear – Essa semana, a SES, através do diretor administrativo e financeiro, Marcos Vieira, anunciou que os servidores terão um aumento linear de 5,02% retroativo a maio. Segundo Marcos, a incorporação de variáveis será realizada em três etapas, começando pelo próximo mês de setembro quando serão incorporados 70% de gratificações para os grupos I e II, 15% em setembro de 2013 e mais 15% em setembro de 2014. Durante a apresentação, o secretário garantiu que nenhum servidor da Fundação Hospitalar de Saúde (FHS) ganhará menos que um salário mínimo e que o menor salário girará em torno de R$ 800, em setembro.
Há dez anos atuando ao serviço de enfermagem da Samu, Flávia Brasileiro, presidente do Sindicato dos Enfermeiros de Sergipe, destacou em entrevista que nos últimos cinco anos a categoria não registrou melhorias nas condições de trabalho, nem no aspecto salarial. "É uma verdadeira falta de atenção não só com os funcionários, mas também com os sergipanos que diariamente necessitam de um atendimento de qualidade. Como dizem que a esperança é a última que morre, aguardamos que essa nova contraproposta possa de fato ser satisfatória", disse.