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SÍLVIO SANTOS GARANTE QUE ESTADO NÃO ESTÁ PARADO


Publicado em 28 de abril de 2013
Por Jornal Do Dia


O secretário chefe da Casa Civil, Sílvio Santos

O SECRETÁRIO SÍLVIO SANTOS

"Como Déda tem uma presença muito forte é, ele próprio, o grande porta voz das ações de seu governo. Em função de seu tratamento de saúde, ele teve que reduzir sua agenda. Assim a mídia e as pessoas sentem falta da sua presença mais constante, de suas entrevistas e confundem isso com paralisia do governo". Com esse argumento, o secretário chefe da Casa Civil, Sílvio Santos, garante que o governo está atuando com êxito em muitas frentes. "Pode escolher qualquer área e observe que existem ações sendo tocadas, projetos sendo transformados em realidade e contribuindo para o crescimento econômico e social do estado de Sergipe", diz o secretário.

Sílvio Santos disse que em função do tratamento contra o câncer a que se submete o governador Marcelo Déda, os secretários e toda a equipe de governo fizeram um pacto de unidade e compromisso para que o governo não sofresse solução de continuidade nas ausências do governador.
A íntegra da entrevista é a seguinte:

Jornal do Dia – A oposição vem denunciando que o governo parou, que até serviços essenciais estão com problemas de gerenciamento. A que o senhor atribui essas críticas?

Sílvio Santos – Atribuo ao fato deles serem oposição e como tal têm o papel de combater o governo. O governo está atuando com muita força em muitas frentes. Na área do desenvolvimento econômico o governo bate recorde na captação de novos empreendimentos que geram emprego e renda em nosso estado. Nossa política de desenvolvimento é muito elogiado pelos empresários e pela mídia nacional. Na infraestrutura do estado nós temos um portfólio de obras realizadas, em realização e a serem realizadas que supera qualquer outro governo antes de nós. A Deso está fazendo um trabalho maravilhoso na área de saneamento. Só em Aracaju nós sairemos de 30% para mais de 90% de cobertura em saneamento básico. Em recursos hídricos nós temos uma rede de atendimento a população urbana reconhecida pela ANA (Agência Nacional de Águas) como uma das melhores do Brasil. No combate a seca os secretários José Sobral, a secretária Eliane Aquino e suas equipes têm desenvolvido um trabalho incansável, obstinado e qualificado para minimizar os efeitos da seca. É reconhecido por todos as muitas e elogiáveis ações na cultura, no esporte e lazer, no turismo, enfim, todos os secretários e suas equipes tem se dedicado com esmero para cumprir as suas tarefas e fazer avançar o processo de desenvolvimento de Sergipe.

JD – Mas o governo está paralisado?
SS – Claro que não. Pode escolher qualquer área e observe que existem ações sendo tocadas, projetos sendo transformados em realidade e contribuindo para o crescimento econômico e social do estado de Sergipe.
Há algo que confunde a muitos. Como Déda tem uma presença muito forte é, ele próprio, o grande porta voz das ações de seu governo. Em função de seu tratamento de saúde, ele teve que reduzir sua agenda. Assim a mídia e as pessoas sentem falta da sua presença mais constante, de suas entrevistas e confundem isso com paralisia do governo.

JD – Até que ponto a queda na arrecadação compromete o bom funcionamento do governo?
SS – Afeta e muito. Somente em 2012 nós perdemos mais de R$ 250 milhões do FPE. O déficit da previdência passou dos R$ 500 milhões. É óbvio que isso atrapalha, mas não nos paralisou. Estamos superando com criatividade, com o esforço das equipes, com redimensionamento de projetos, com austeridade nos gastos e com muito trabalho.
Em 2013 a receita com o Fundo de Participação dos Estados continua aquém da expectativa, contudo continuamos trabalhando com afinco para superar as dificuldades financeiras.
JD – O tratamento de saúde do governador Marcelo Déda afeta o bom funcionamento da máquina do Estado?
SS – O tratamento de saúde do governador Marcelo Déda nos afeta emocionalmente, psicologicamente. Déda é um homem marcante. O seu carisma é avassalador. A sua presença se impõe e nos deixa mais fortes. A sua liderança no dia a dia faz falta, mas em contrapartida a sua ausência quando em tratamento, nos deixa mais ligados, mais antenados e mais solidários.  Déda tem o perfil de acompanhar todos os projetos e ações do governo pessoalmente, com uma lupa. No quadro atual, dada a dificuldade desse acompanhamento nesse nível, nós secretários e toda a equipe de governo fizemos um pacto de unidade e compromisso para que o governo não sofresse solução de continuidade nas ausências do governador. E assim tem sido. Temos cumprido a risca nosso papel.

JD – O Núcleo de governança foi criado para suprir a ausência do governador, mas há uma reclamação de que as decisões continuam centralizadas nas mãos de Déda. Isso está acontecendo?
SS – Acho que aí reside ainda um mal entendido. O Núcleo foi criado para dar sustentação, para auxiliar nas ações de gestão, no gerenciamento e monitoramento das diretrizes de governo. O Núcleo não tem o papel de tomar decisão. A decisão será sempre do governador. Ele foi escolhido pelo povo para isso. Ademais, o tratamento do governador não o impede de tomar essas decisões. O nosso papel no Núcleo é dar as condições necessárias para essa tomada de decisão.

JD – Antes de assumir a Casa Civil, o senhor passou uma temporada como secretário de Saúde, onde os problemas não param de aparecer. Qual a razão dessa grave crise na saúde sergipana?
SS – Em primeiro lugar é preciso compreender que essa crise não é exclusiva da saúde sergipana. Há uma crise na saúde brasileira. Parte dos problemas deve-se a questões relativas a gestão e o principal é o sub financiamento. Não é possível prestar uma saúde de qualidade para quase 200 milhões de brasileiros com apenas 3% do orçamento da União. Como não é suficiente os 15% do orçamento dos municípios e 12% do estado. Na Europa, países como a França e a Inglaterra com uma população que é 1/3 da nossa, dispõem mais de 10% de seus orçamentos para a saúde e os usuários ainda entram em co-participação.
As reclamações são corretas. A população precisa ser melhor assistida, mas achar que só aqui está ruim é um erro de análise que não ajuda a identificar o problema e não ajuda na solução. Se você investigar em Aracaju vai encontrar várias casas de apoio de municípios sergipanos e dos estados vizinhos que trazem seus usuários para serem atendidos pela atenção básica da nossa capital. Ora, se vem para cá é porque em suas cidades não tem nada, logo, Aracaju está melhor do que qualquer outro lugar na região. Mas só se cobra e fala mal de Aracaju. Está errado.
A mesma coisa acontece no estado. O Huse atende gente de vários estados do nordeste. Significa que com todos os problemas aqui está melhor que nos outros lugares. Além disso, a maioria das pessoas atendidas na rede hospitalar do estado são de pessoas que deveriam estar sendo assistidas pela atenção primária em seus municípios e que vêm para cá porque ali não atende.
A solução? Combinar uma gestão austera com foco no usuário, mais recursos financeiros e uma melhor distribuição nas responsabilidades. O nosso governo montou em Sergipe uma rede hospitalar que é elogiada por todas as autoridades sanitárias do Brasil. Mas não é possível manter essa rede com apenas 12% de orçamento. É fundamental fazermos uma repactuação federativa no Brasil. Hoje a prestação dos serviços de saúde estão concentradas nos municípios principalmente e nos estados. Os recursos financeiros também tem que obedecer esse critério.

JD – A situação da Saúde hoje no Estado é diferente do que ocorria em outros governos?
SS – É. Para melhor. Pode pegar os jornais em qualquer época e vamos ver reclamações da população por melhor assistência. Quantos leitos havia no Huse e quantos existem hoje. Quantas cirurgias se faziam antes e hoje. Quantos hospitais no interior e quais as condições de funcionamento. Não estou dizendo que a situação é boa. Pelo contrário. Sou testemunha que está muito ruim. As cobranças que são feitas são todas justificadas, mas comparado ao que era até 2006 melhorou e muito.

JD  – Em relação ao Proinveste, o senhor acha que a Assembleia Legislativa vem cumprindo o cronograma acertado com o governo, já que o projeto é de consenso? Há lentidão na tramitação?
SS – Nós construímos esse novo momento de votação do Proinveste a quatro mãos. Governo e oposição. Assumimos compromissos e empenhamos palavras. Um desses compromissos é votar o projeto com brevidade pois temos prazo para credenciar os projetos junto ao órgão financiador, a Caixa Econômica Federal. Agora, votar com brevidade não quer dizer suprimir o regimento da Assembléia Legislativa. No primeiro momento havia vetos de leis trancando a pauta. Depois o projeto tinha que ir as comissões. Já foi votado na CCJ faltam mais duas ou três que estão agendas para o inicio da semana que vem. Estamos certos, portanto, que mais uma semana e teremos o Poinveste aprovado com a participação de todos.

JD – Como a campanha eleitoral já foi antecipada, o senhor acha que será possível manter a unidade do bloco que apoia o governo? Jackson Barreto será mesmo o candidato a governador do grupo?
SS – A unidade do bloco é muito importante para nós. O esforço de todos os líderes dos partidos que compõem nossa base é com a manutenção dessa unidade. Além da nossa unidade defendemos o nome de Jackson como candidato do bloco à sucessão de Déda e para dar continuidade ao nosso projeto de continuar mudando, desenvolvendo e projetando Sergipe no cenário nacional. Nesse projeto está incluído o compromisso com a reeleição da presidenta Dilma Roussef. É fundamental darmos continuidade a esse novo Brasil, grande, altaneiro, respeitado e bom para o seu povo, que estamos construindo desde 2003.

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