Terça, 14 De Janeiro De 2025
       
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Sob intervenção, superintendência da PRF é chefiada por agentes do DF


Publicado em 01 de junho de 2022
Por Jornal Do Dia Se


Milton Alves Júnior

Menos de duas horas após o Diário Oficial da União ter publicado que o governo federal optou por dispensar o diretor-executivo da Polícia Rodoviária Federal (PRF), Jean Coelho, e o diretor de inteligência da corporação, Allan da Mota Rebello, a direção-geral da Polícia Rodoviária Federal revelou no início da manhã de ontem que a corporação criou uma comissão interventora na superintendência regional, em Sergipe, com a proposta de intensificar as investigações que envolvem a morte de Genivaldo de Jesus Santos, 38. Vítima de asfixia mecânica – provocada por ampla inalação de gás lacrimogênio durante abordagem realizada por três agentes no município de Umbaúba -, o óbito completa hoje uma semana.
De acordo com a direção-geral da PRF, os interventores membros do conselho são agentes do órgão, de Brasília, e foram enviados a Sergipe no último fim de semana. Paralelamente à comissão interventora, outro grupo investigativo – desta vez contando com a participação de servidores de outras unidades federativas -, deve acompanhar o Processo Administrativo Disciplinar (PAD) em que os três policiais envolvidos no caso respondem internamente. Os agentes Paulo Rodolpho Lima Nascimento, William de Barros Noia e Kleber Nascimento Freitas, apontados como autores da abordagem, estão afastados das atividades por tempo indeterminado.
Em meio a exonerações de diretores e criação de comissões paralelas, também na manhã de ontem familiares de Genivaldo de Jesus compareceram ao Fórum Desembargador Luís Magalhães, na própria cidade sergipana de Umbaúba, para prestar depoimento sobre o caso. Segundo revelado pelo Tribunal de Justiça do Estado de Sergipe (TJSE), inicialmente foram ouvidos a viúva da vítima, Maria Fabiana Santos; a irmã, Damares Santos; e o sobrinho, Wallison Santos. A perspectiva por parte da Corte jurídica é que outras pessoas possam ser convidadas para apresentar o respectivo testemunho. Sem revelar nomes, o TJSE esclareceu apenas que essas oitivas devem acontecer hoje e amanhã.
Todo o processo de investigação está sendo acompanhado pelo escritório de Direitos Humanos da Organização das Nações Unidas (ONU) na América do Sul, pela Ordem dos Advogados do Brasil (Seccional Sergipe), bem como pelo Conselho Federal. “Eu, particularmente, pedi que a prisão preventiva dos três [agentes federais] que participaram ativamente daquela abordagem criminosa, que acabou com a vida do meu tio e que foi filmada por várias pessoas, seja decretada o mais rápido possível. Acreditamos na justiça dos homens e na justiça divina; o que esses três fizeram foi um ato de covardia, desumano e de tortura. A minha memória segue fresca da quantidade de vezes que pedi para tirar meu tio do carro fechado”, disse Wallison Santos.

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