De acordo com o órgão, as informações a respeito da possível rebelião foram investigadas pelo Núcleo de Inteligência Penal (NIP).
Polícia Penal da Sejuc faz operação para desarticular possível rebelião
Publicado em 01 de junho de 2022
Por Jornal Do Dia Se
A Polícia Penal de Sergipe, que reúne os agentes penitenciários responsáveis pela segurança dos presídios, realizou na manhã de ontem uma operação para desarticular o plano de uma possível rebelião no Complexo Penitenciário Antônio Jacinto Filho (Compajaf), em Aracaju. A ação foi articulada pela Secretaria de Justiça, do Trabalho e da Defesa do Consumidor (Sejuc), por meio do Departamento do Sistema Penitenciário (Desipe).
De acordo com o órgão, as informações a respeito da possível rebelião foram investigadas pelo Núcleo de Inteligência Penal (NIP). Apurou-se que a rebelião teria como foco render e manter os funcionários da unidade como reféns. Segundo a direção do Compajaf, diversos objetos perfurantes, incluindo armas brancas, foram recolhidos durante as diligências.
“Seguindo orientações do Desipe e do NIP, após 15 dias da última revista geral realizada na Ala B, foi dada continuidade ao trabalho, nessa terça, 30, onde foi realizada uma nova inspeção. Durante a ação, os custodiados da referida Ala jogaram para parte externa das celas, pelo lado de fora, 15 objetos perfurantes de ferro e quatro barras de ferro que serviriam para a fabricação de pelo menos mais 10 armas brancas”, detalha a direção.
Para a direção, inspeções como essa enfraquecem a probabilidade de uma possível rebelião e desarticula os planos dos detentos, uma vez que provam a eficiência do trabalho de inteligência da polícia penal e demonstram o comprometimento da Sejuc em manter o sistema prisional controlado.
O Compajaf é considerado um presídio de segurança máxima e abriga atualmente criminosos considerados de alta periculosidade e integrantes de facções criminosas que atuam hoje em Sergipe, como o PCC (Primeiro Comando da Capital) e o BDM (Bonde do Maluco). Nos últimos 10 anos, pelo menos três grandes rebeliões com familiares dos presos sendo tomados como reféns já ocorreram na unidade, que é administrada atualmente em sistema de cogestão da Sejuc com a empresa Reviver, mas sem ocorrências de mortos ou feridos.