Traficantes são flagrados no Mercado por câmeras do Ciosp

Uma investigação da 2ª Delegacia Metropolitana (Getúlio Vargas), com base em imagens gravadas pelo Centro Integrado de Operações em Segurança Pública (Ciosp), acabou na prisão de quatro acusados de traficar drogas na região do Mercado Albano Franco, no centro comercial de Aracaju. Segundo a polícia, eles tinham um esquema de venda de drogas para usuários que freqüentam o local e costumam causar transtornos aos freqüentadores, provocando ameaças, brigas e pequenos furtos.

Alexsandra da Silva Lima, 20 anos, os gêmeos Rodrigo e Ricardo Nascimento Santos, ambos de 23, e o irmão deles, José Renivan Nascimento Santos, 32 anos, foram detidos na manhã de anteontem e apresentados ontem na 2ª DM. Com eles, a polícia encontrou 27 pedras de crack e R$ 140 em dinheiro. A investigação começou a partir de detenções de usuários de drogas na região. "Havia constantes denúncias sobre o tráfico de drogas no mercado e, todos os usuários que eram presos sempre indicavam um desses acusados como um dos principais traficantes", explica o delegado Fernando Melo, responsável pelo caso.

As prisões começaram com a identificação de Alexsandra, a partir de imagens gravadas pelo Ciosp e repassadas à 2ª DM. A mulher, que é esposa de Ricardo (conhecido como ‘Barão’), foi presa, confessou que vendia drogas a mando do marido e indicou o local onde ele e os outros acusados estavam. "As câmeras nos auxiliaram na prisão em flagrante dos acusados, pois através das imagens foi possível chegarmos no momento em que eles estavam traficando a droga", acrescentou Fernando.

Com as imagens e o depoimento de Alexsandra, os agentes descobririam que o esquema de tráfico de crack no Mercado era comandado por Ricardo, que repassava a droga aos irmãos e a esposa, além de recrutar outros usuários. "Diversas pessoas estão envolvidas. São vários aviões, viciados que eles cooptam para o tráfico e, a cada cinco pedras de crack vendidas, eles eram pagos com uma", revela o delegado, alegando que a própria Alexsandra chegava a vender 20 pedras em uma hora, faturando cerca de R$ 200. O dinheiro sempre era repassado aos três irmãos. Agora, eles serão processados por tráfico de drogas e associação para o tráfico.