Escola de Umbaúba interrompe aulas após mensagens que sugeriam massacre.
Troca de mensagens revela ameaças de morte e risco de chacina em escola
Publicado em 17 de março de 2022
Por Jornal Do Dia Se
Gabriel Damásio
Uma suposta ameaça de invasão e massacre causou pânico na manhã de ontem entre alunos e professores da Escola Estadual Anfilófio Fernandes Viana, em Umbaúba (Sul). As aulas da unidade de ensino chegaram a ser suspensas após o vazamento de uma troca de mensagens do Whatsapp, na qual dois adolescentes de 15 anos sugeriam a ocorrência de um ataque à escola e o assassinato de colegas. As mensagens, posteriormente, foram comprovadas como falsas, mas suficientes para mobilizar a polícia e outras autoridades locais.
As mensagens começaram a circular desde anteontem em grupos de Whatsapp da cidade, através de um print. Nele,
um dos garotos diz que uma “morte dupla vai ser bom” e questiona como o outro colega quer morrer. O segundo, por sua vez, complementa: “Vamos matar o povo da escola também. Eu vou atirar sem pena, não conheço ninguém”. A sugestão relembrou episódios de invasões de homens armados em escolas, como as que já aconteceram no Rio de Janeiro, em 2011, e em Suzano (SP), em 2019.
As secretarias estaduais de Educação (Seduc) e Segurança Pública (SSP) foram mobilizadas para acompanhar o caso é informaram que a diretora da escola, assim que soube das mensagens, acionou o Conselho Tutelar local e prestou um boletim de ocorrência na Delegacia de Polícia de Umbaúba. A 1° Diretoria Regional de Educação (DRE-01), em Estância, também foi acionada.
Logo, os dois alunos que trocaram as mensagens foram convocados para prestar depoimento na delegacia, acompanhados de seus pais. Ao serem ouvidos, os rapazes choraram muito e alegaram que as mensagens trocadas tiveram “um tom de brincadeira”. Mesmo assim, a direção da escola e a polícia decidiram seguir com as providências legais e disciplinares contra os estudantes. “Mesmo alegando ser uma brincadeira, é uma violência contra a escola”, afirma a Seduc, em posicionamento oficial.
A SSP informou que todo o sistema de proteção estabelecido pelo Estatuto da Criança e Adolescente (ECA) foi acionado e que o procedimento policial será encerrado nos próximos dias, encaminhando-o para apreciação do Ministério Público. Já as aulas na escola retornam hoje e uma equipe de psicologia destacada pela Seduc fará rodas de conversas com a comunidade escolar, prestando assistência.