Segunda, 16 De Junho De 2025
       
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Vigilante reage, atira em assaltante e morre


Publicado em 21 de agosto de 2012
Por Jornal Do Dia


Logo após o crime, a polícia foi chamada pela empresa

Gabriel Damásio
gabrieldamasio@jornaldodiase.com.br

Uma tentativa de assalto frustrada terminou com dois mortos ao final da manhã de ontem, em uma loja de caminhões do grupo Cimavel na BR-101, em Nossa Senhora do Socorro (Grande Aracaju). Dois bandidos tentaram roubar um revólver do vigilante Cléber Antonio dos Santos, 43 anos, que trabalhava na guarita da loja e reagiu à abordagem. Na troca de tiros que se seguiu, Cléber conseguiu acertar um dos suspeitos, José Felipe Santos Gomes, 21, que morreu depois de ser internado no Hospital de Urgência de Sergipe (Huse). No entanto, o vigilante levou três tiros e morreu na própria loja. Ele tirava serviço no local pela primeira vez e substituía um colega que ficou doente no final de semana.

A polícia procura pelo segundo suspeito do crime, identificado como Adriano Batista da Silva, 22, que tem passagem por latrocínio (roubo seguido de morte) e já tinha sido preso no dia 12 deste mês, ao ser flagrado com um revólver calibre 38 na bolsa de uma mulher que o acompanhava, no Cj. Jardim I, em Socorro. O acusado acabou liberado no dia seguinte porque a mulher afirmou ser a proprietária da arma. Até o fechamento desta edição, o acusado não foi localizado pela polícia. Os dois suspeitos foram identificados pelas imagens do circuito interno de TV da concessionária, cujas câmeras gravaram toda a ação dos criminosos.

O tiroteio aconteceu por volta das 10h50, quando os dois suspeitos chegaram à Cimavel em uma moto dourada e usando capacetes. Segundo as imagens obtidas pela polícia, os dois param na porta da loja e Felipe, o garupa, vai até a guarita e ameaça o vigilante com uma pistola. Cléber, de forma rápida, saca seu revólver calibre 38 e atira no peito do assaltante, que cai ferido, mas também dispara outras nove vezes acertá-lo. Os tiros acabaram acertando a parede da loja. Neste ponto, o comparsa Adriano corre até a porta para tentar ajudar a Felipe e também atirou, colocando a arma por cima da guarita. O vigilante foi atingido duas vezes, sendo uma no peito e outra no braço direito. Como Cléber estava sem o colete à prova de balas, ele morreu dentro da guarita, enquanto era socorrido por funcionários.

Diversas viaturas da Polícia Militar chegaram rápido ao local do tiroteio, mas a dupla já havia fugido com a moto dourada e sem levar nada do local. O revólver do vigia estava ao lado do corpo, bem como as cápsulas das armas usadas pelos criminosos. No portão de acesso aos estacionamentos da concessionária, a polícia achou um pé do tênis calçados por Felipe, que foi achado ferido e descalço no Cj. Jardim, próximo da loja. O suspeito foi detido por policiais militares e levado até o Huse, onde deu entrada na Ala Vermelha às 11h55. Segundo a assessoria do hospital, o assaltante morreu às 12h30.

O outro pé do tênis de Felipe foi encontrado com um homem que teria prestado socorro ao suspeito e acabou detido por soldados do Batalhão de Choque da PM. Levado ao local do crime, o suspeito disse ser amigo de infância de Felipe e admitiu ter socorrido-o ao vê-lo ferido. A participação dele no assalto, no entanto, não foi comprovada pelas imagens do circuito interno da Cimavel. O rapaz não identificado foi interrogado no Centro de Operações Policiais Especiais (Cope) e liberado em seguida.

A principal suspeita da polícia é de que Adriano e José Felipe teriam praticado o assalto para levar o revólver do vigilante, em um tipo de crime que tem acontecido com freqüência no Estado. Dados divulgados pelo Sindicato das Empresas de Segurança Privada de Sergipe (Sindesp/SE) apontam que mais de 400 armas e coletes balísticos foram roubadas desde o início do ano na capital e no interior, principalmente durante assaltos a bancos e casas comerciais. A situação é considerada grave pela direção da entidade, que deve discutir o assunto ainda nesta semana em reunião com a cúpula da Segurança Pública (SSP).

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