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A mulher no Brasil


Publicado em 08 de março de 2025
Por Jornal Do Dia Se


Doa a quem doer, o feminismo é das grandes pedras detoque do pensamento contemporâneo. E há razões bastante justas para que seja assim.
Há quem desacredite as justas reivindicações por igualdade de gênero no mercado de trabalho, por exemplo, sob o argumento de que esta questão já teria sido superada na prática. Quem pensa assim precisa se ater a fontes mais confiáveis de informação, procurar enxergar além do próprio umbigo. Na realidade, a disparidade salarial entre homens e mulheres é gritante.
As trabalhadoras mulheres ganham 20,7% menos do que os homens em 50.692 empresas brasileiras com 100 ou mais empregados. As informações são do 2° Relatório de Transparência Salarial e de Critérios Remuneratórios, apresentado pelos ministérios das Mulheres e do Trabalho e Emprego (TEM).
Não se trata de adivinhação, ou de contabilidade criativa. O documento considera os dados informados pelos empregadores na Relação Anual de Informações Sociais (RAIS) de 2023.
Neste particular, ao menos, estamos bem na fita. Segundo relatório recente, Sergipe é o segundo estado com o melhor equilíbrio salarial entre homens e mulheres. Ainda assim, elas ganham 7,1% a menos do que os trabalhadores homens, desempenhando as mesmas funções.
Os dados da violência de gênero, aliás, continuam a crescer, mais de uma década após a criação da Lei Maria da Penha, que tipifica, define e dá visibilidade estatística à violência doméstica e familiar contra a mulher no Brasil.
Embora o código penal se esforce para acompanhar o curso dos dias, com o fim de estender as garantias legais devidas a qualquer cidadão para as parcelas mais vulneráveis da população feminina, a letra da Lei ainda pode muito pouco contra o comportamento criminoso consagrado pela Cultura. Não é fácil ser mulher no Brasil. Sexo frágil, coisa nenhuma.

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