Terça, 29 De Abril De 2025
       
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Acidentes despertam para conservação de prédios


Publicado em 15 de julho de 2012
Por Jornal Do Dia


PRÉDIO DO ANTIGO DIÁRIO DE ARACAJU; O centro da cidade ainda abriga diversos prédios antigos e abandonados

Cândida Oliveira
candidaoliveira@jornaldodiase.com.br

Parte de uma marquise localizada em uma das lojas da rua Itabaianinha, no centro comercial de Aracaju, caiu na manhã de sexta-feira, dia 13. Pouco mais de 24 horas após a laje de um bar ter caído no bairro Siqueira Campos, e ter deixado mais de 50 pessoas feridas.

No centro, por sorte ninguém ficou ferido, mas o caso chama a atenção dos órgãos públicos, que devem estar atuando com fiscalizações em prédios antigos ou abandonados. Em 2010, a dona de casa Vanuza Silva dos Santos morreu após parte de uma marquise de uma loja de departamento do calçadão da João Pessoa desabar.

Um comerciante da área, que preferiu não se identificar, reclamou da falta de fiscalização em toda a área do centro comercial de Aracaju. "Eles vem, interditam as áreas, mas nada é efetivamente realizado e os prédios continuam a oferecer risco à população", comentou.

Abandono – Em uma volta rápida pelo centro, é possível identificar prédios ‘abandonados’: o antigo Hotel Palace, na praça General Valadão; a loja de ferragens A. Fonseca; Diário Associado e um casarão na praça Olímpio Campos. No prédio do Diário Associado, parte do tapume colocado para isolar a área já foi arrancada. Existem ainda indícios de que o espaço é ocupado por moradores de rua.

O Hotel Palace e o prédio do Diário Associado pertencem ao Governo do Estado. Já a loja de ferragens e o casarão são de particulares. "No caso do casarão a família já comunicou que não tem recursos para recuperar o prédio", contou o coordenador da Defesa Civil de Aracaju, Nicanor Moura.

Segundo ele, os casos estão no Ministério Público, porque o Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (IPHAN) diz que os prédios são patrimônios culturais e não podem passar por alterações. "Nesses casos a Prefeitura de Aracaju nada pode fazer, já que precisa esperar a decisão da justiça", explicou Moura.

Reforma – Ainda de acordo com o coordenador, os imóveis não estão condenados, mas precisam passar por reforma. Caso nada seja definido, a ação do tempo trata de deteriorar os espaços. Nicanor afirmou ainda que a cada seis meses, uma equipe da Defesa Civil visita esses prédios, principalmente no casarão, pois é um local propício para que moradores de rua se abriguem.

Além do centro comercial da capital sergipana, existem vários imóveis abandonados, e que estão espalhados pelos bairros. "Casa abandonada geralmente é por conta de problema familiar", diz ele. Quando há risco à população,  a Defesa Civil encaminha para a Empresa Municipal de Serviços Urbanos a notificação, lá é identificado o proprietário e a ele é solicitado providência. "Há um prazo para que o local seja recuperado e caso o proprietário não faça nada uma multa é aplicada". A Defesa Civil de Aracaju não possui o quantitativo do total de prédios abandonados.

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