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Aposta arriscada


Publicado em 08 de abril de 2022
Por Jornal Do Dia Se


“O Brasil jamais investiu pra valer em fontes alternativas de energia.”

Segundo comunicado oficial, o nível dos reservatórios de água já permite a suspensão da tarifa de escassez hídrica nas tarifas de energia elétrica. Boa notícia para os consumidores obrigados a arcar com a ausência de planejamento estratégico das autoridades federais, extorquidos por meses a fio. A submissão a fatores climáticos imprevisíveis, no entanto, permanece.
A dependência de chuva não deixa margem para dúvida: O Brasil jamais investiu pra valer em fontes alternativas de energia. O resultado é conhecido. Entra ano, sai ano, o expediente excepcional das tarifas flutuantes é naturalizado, enquanto o risco de apagão se pronuncia.
Não se sabe por que cargas d’água o governo federal se recusa a diversificar a matriz energética brasileira. Há potencial natural para o investimento em energia eólica, por exemplo. A preferência pela energia gerada pelas usinas hidrelétricas, a um custo ambiental imenso, é das escolhas que desafiam o entendimento.
A experiência recente demonstra que apostar no volume de chuvas na cabeceira dos rios pode ser arriscado. Ano passado, segundo o Ministério de Minas e Energia, o Brasil enfrentou a maior seca da história, o risco de apagão ganhou volume mais vez. Sem providências capazes de diminuir a dependência da energia gerada pelas usinas hidrelétricas, não há razão para acreditar que o ano que vem será diferente.

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