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Bolo pequeno


Publicado em 11 de junho de 2022
Por Jornal Do Dia Se


Todas as estatísticas derivadas da insegurança econômica e social no Brasil recrudesceram sob Bolsonaro. Há razões incontornáveis para o revés, a exemplo da guerra no leste europeu e a pandemia de covid-19. A letargia do governo de turno, contudo, associada à agenda reacionária do presidente, ignora a conjuntura, os problemas postos à mesa, em favor de teorias conspiratórias manipuladas por tentações golpistas cada vez mais evidentes.
Hoje, os brasileiros dispõem da menor renda mensal, desde 2012. A queda observada no poder aquisitivo da população, mais o desemprego em massa e a escalda inflacionária, afundaram ainda mais o fosso entre ricos e simples mortais. A fome tomou o prato dos brasileiros. A desigualdade avança.
Os números são os mais eloquentes: No segundo ano de pandemia, em 2021, o rendimento médio dos brasileiros caiu para o menor patamar em dez anos. De acordo com o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística, o rendimento médio mensal real domiciliar per capita em 2021 foi de R$ 1.353. Em 2012, primeiro ano da série histórica da pesquisa, esse rendimento era o equivalente a R$ 1.417. Em 2020, no primeiro ano de pandemia, era de R$ 1.454.
Entre 2020 e 2021, a participação do trabalho na composição do rendimento médio aumentou de 72,8% para 75,3%. Mas, apesar do aumento da população ocupada, a massa do rendimento mensal real de todos os trabalhos caiu 3,1%, indo de R$ 223,6 bilhões para R$ 216,7 bilhões, no mesmo período. O bolo dividido por milhões de trabalhadores, já muito pequeno, diminuiu.
Os dados divulgados pelo IBGE não surpreendem. Há tempos, o entusiasmo mentiroso da dupla Bolsonaro e Guedes nega problemas vivenciados pelos mais pobres e até pelos remediados, presentes no dia a dia da grande massa de trabalhadores que transpiram de sol a sol. Estes sabem que delírios de grandeza e ufanismo barato não enchem a barriga de ninguém.

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