Bolsa Família

O programa Bolsa Família completa 20 anos, agora em outubro, período no qual fez diferença na vida de milhões de brasileiros, salvos da fome e da mendicância, graças ao esforço do governo federal. O número de cidadãos assistidos pelo programa deveria bastar para fazer dele uma feliz unanimidade. Não foi, contudo, sem controvérsia.
Só em Sergipe, o Bolsa Família assistiu este mês 395 mil famílias. Mesmo assim, ainda há quem jogue pedras no programa, por força de paixão ideológica. Segundo os arautos da extrema direita, a fome não deveria ser uma preocupação da presidência da República. Nem a fome, subtende-se, nem a economia.
Estudo realizado pela Fundação Getulio Vargas (FGV), Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (Ipea) e Banco Mundial, em parceria com o Ministério do Desenvolvimento e Assistência Social, Família e Combate à Fome, aponta que 3 milhões de famílias beneficiárias do programa Bolsa Família deixaram a pobreza em 2023.
De acordo com a pesquisa, em janeiro de 2023, havia 21,7 milhões de famílias inscritas no programa – 4,5 milhões eram consideradas pobres. Em setembro, são 1,5 milhão de famílias na pobreza entre os 21,2 milhões de beneficiários.
Os números provam, sem deixar margem para dúvidas, que o programa Bolsa Família combate desigualdades e promove justiça social, com reflexos positivos na economia. Qualquer argumento em sentido contrário resvala, portanto, em má vontade ou alienação.