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Caminhos abertos
Publicado em 03 de abril de 2024
Por Jornal Do Dia Se
Para realizar uma obra relativamente simples, duplicando um pequeno trecho de rodovia, cerca de cem quilômetros, apenas, o governo de Sergipe tem de procurar os poderosos em Brasília, convencê-los da importância da empreitada, contratar estudos de viabilidade técnica e cruzar os dedos para não encontrar nenhuma pedra no meio do caminho. Uma verdadeira via-crúcis, que ajuda a explicar o péssimo estado das estradas por onde trafega a riqueza nacional, Brasil afora.
O projeto de duplicação da BR-235, entre Aracaju e Itabaiana, remonta ao final de 2016. De lá para cá, a obra foi anunciada mais de uma vez, sem nenhuma consequência prática. Esta semana, o Ministério dos Transportes voltou à carga e publicou edital para contratação dos projetos de duplicação da rodovia federal.
A obra é de fundamental importância para os produtores rurais da região agreste do estado. Mas o mesmo pode ser dito da duplicação da BR-101. Ninguém questiona a necessidade da duplicação, e os reflexos positivos derivados de sua conclusão, especialmente a preservação de vidas. E, no entanto, depois de uma década em compasso de espera, não há ainda esperança razoável de a duplicação vir a ser concluída.
Espera-se que a duplicação da BR-235 tenha um destino diferente. Tomada como uma obra estratégica pelo Governo do Estado, que vislumbra na empreitada a possibilidade de integração regional, além da geração de emprego e renda, a rodovia pode potencializar o fluxo de riquezas e passageiros. Sergipe precisa abrir tal caminho.