Milton Alves Júnior
Uma semana após a queda da laje que acidentou cerca de 60 torcedores palmeirenses, os carros estacionados na parte inferior do posto de lavagem começaram a ser retirados na manhã de ontem. A demora no procedimento se deu aos cuidados obtidos por funcionários do estabelecimento comercial no momento de remover os entulhos que estavam em cima dos veículos. Objetivando evitar novos desmoronamentos, com o auxílio de guinchos, os veículos foram retirados um por vez. Sem vistoriar os danos, as agências de seguro automotivo continuam aguardando a chegada dos carros para em seguida se reunir com cada cliente prejudicado.
Alegando ter modificado radicalmente a própria vida, Elisângela dos Santos, proprietária do posto de lavagem, garante que os donos dos carros estão contribuindo diretamente para encontrar uma solução satisfatória para ambas as partes. "Entre os últimos acontecimentos, péssimos, diga-se de passagem, felizmente estamos contando com a compreensão dos clientes para que ninguém saia no prejuízo.
Analisando as causas para achar um responsável direto, a expectativa é por dias melhores", declarou.
Conforme informações do Corpo de Bombeiros, cerca de 250 torcedores acompanhavam o final da Copa do Brasil entre Curitiba e Palmeiras. Com o desabamento, 11 carros foram danificados.
Sem previsão para a retirada de todos os automóveis, profissionais da Defesa Civil continuam atentos para auxiliar no trabalho. Ainda de acordo com Elisângela Santos, os problemas enfrentados até o momento são poucos, se comparado com os desafios a serem vencidos a partir de hoje. "Desde o ocorrido, não consigo mais dormir com tanta facilidade como antes. Quase que todas as noites eu me acordo assustada, e percebo que esse é apenas o começo de uma série de dores de cabeça. Às vezes tento não acreditar nesse momento que estamos enfrentando", concluiu.
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