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Desmonte


Publicado em 18 de dezembro de 2021
Por Jornal Do Dia Se


Desde quando a direção nacional da Petrobras decidiu dar as costas para Sergipe, todas as notícias relacionadas à atividade da empresa em Sergipe carregam um tom melancólico. Pouco a pouco, sem alarde, o desmonte avança. Logo não restará nem mesmo a estrutura das plataformas ancoradas em águas profundas para contar essa história.
Há poucos dias, a Petrobrás celebrou um contrato de venda da sua participação no campo terrestre de Rabo Branco, em Sergipe, para a Energizzi Energias do Brasil, a preço de banana – US$ 1,5 milhão por 50% do ativo. A estatal, se ainda é possível chamá-la assim, também está se desfazendo de outras 11 concessões, no Polo de Carmópolis, onde está localizada a maior área de produção terrestre de petróleo do Brasil, com reservas estimadas em 1,7 bilhão de barris e produção média diária de 10 mil barris de óleo e 73 mil metros cúbicos de gás.
O pacote de ativos que a Petrobrás colocou à venda em Carmópolis inclui cerca de 3.000 poços de petróleo, 17 estações de tratamento de óleo, uma estação de gás, mais de 350 quilômetros de gasodutos e oleodutos, o Terminal Aquaviário de Aracaju (Tecarmo), uma UPGN e uma estação de processamento de óleo, além das bases administrativas de Carmópolis, Siririzinho e Riachuelo. E, assim, vira as costas para Sergipe.
O prejuízo é grande, como demonstram os dados fornecidos pela Agência Nacional do Petróleo. Os campos locais nunca produziram tão pouco. Em contexto de franca depressão da atividade econômica, contudo, os números ganham uma dimensão humana dramática. Consta que, ano passado, Sergipe registrou a terceira maior taxa de desemprego do país. O fim das atividades da Petrobras em solo sergipano deve acentuar a crise.

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