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Ditadura nunca mais!


Publicado em 31 de março de 2022
Por Jornal Do Dia Se


Tivesse meios, o presidente Jair Bolsonaro gostaria de escrever a História a seu próprio modo, com posts de 140 caracteres. Disposto a distorcer tudo, passado, presente e futuro, ao sabor das conveniências, ele jamais se atém aos fatos. Entre todos os delírios insuflados irresponsavelmente, sem nenhum rigor intelectual, no entanto, nenhum se compara à defesa apaixonada dos torturadores que atuaram covardemente nos porões da ditadura militar instaurada no dia 31 de março de 1964.
O que Bolsonaro diz e posta não se escreve, mas a defesa da Ditadura ultrapassa qualquer limite de civilidade. Logo no primeiro ano de seu mandato, o presidente deu ordem para o exército comemorar o golpe, tripudiou sobre a memória de cidadãos mortos e desaparecidos. Bolsonaro esquece que as vítimas do golpe de 64 são cidadãos brasileiros, como todos os outros.
O que aqui se afirma está amparado em documentos de História. O endurecimento do regime militar fez incontáveis vítimas, sob o pretexto de salvar o País de uma ditadura comunista. Para tanto, covas clandestinas foram abertas. A ordem era dizimar o proscrito Partido Comunista Brasileiro (PCB) e acabar com a influência por ele exercida em diversas instâncias da sociedade e do Estado.
Qualquer semelhança com a batalha ideológica travada hoje pelo presidente Bolsonaro passa ao largo da coincidência. Trata-se, ao contrário, de evidente manifestação de uma cultura autoritária. Quem relativiza a tortura, uma desumanidade, manifesta desprezo pela Democracia. Comparta-se, portanto, como um projeto de ditador, à espera de uma oportunidade.

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