E o Carnaval?

A nova variante do coronavírus, batizada Ômicron, é ainda uma grande incógnita. Pouco se sabe até o momento sobre a letalidade da nova cepa e o seu potencial de contágio. Por certo, há apenas a necessidade de tomar todos os cuidados possíveis.
Até segundo aviso, todo cuidado é pouco. A Organização Mundial de Saúde pediu aos países que aumentem a capacidade dos sistemas púbicos de saúde e vacinem as populações para combater o aumento de casos de covid-19 causados pela nova variante. Só assim será possível evitar o pior. As barreiras sanitárias, as restrições ao livre trânsito entre fronteiras, podem ganhar tempo, mas não têm o condão de impedir o contágio, em longo prazo.
Em Aracaju, a cautela recomendada pela OMS foi adotada de bate pronto, antes mesmo de qualquer comunicado oficial. Embora a imunização contra a covid-19 siga de vento em popa, com mais de 80% da população vacinada com duas doses, a Prefeitura Municipal pôs fim aos planos de uma grande festa de réveillon.
As festas de fim de ano, marcadas por grandes aglomerações, são motivo de justa preocupação entre prefeitos e governadores. O réveillon já é página virada. Mas a ansiedade coletiva tem outra evento, marcado no calendário com muita antecedência. A grande dúvida, a pergunta que não quer calar, diz respeito à maior festa popular do Brasil – a ofegante epidemia, nas palavras do sambista -. justamente o Carnaval.