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Emília ou Luiz Roberto?


Publicado em 23 de outubro de 2024
Por Jornal Do Dia Se


Estratégias na reta final A candidata do PL se posiciona como uma alternativa, desafiando tanto o governo estadual quanto o federal, ao mesmo tempo em que se alinha a figuras controversas como o ex-presidente Bolsonaro

 

* Antonio Passos

 

A menos de uma semana da decisão do segundo turno nas eleições de Aracaju, as campanhas de Emília Corrêa e Luiz Roberto apresentam dinâmicas intrigantes, cada uma com seus desafios e estratégias distintas.
A campanha de Emília é marcada por sua retórica contra o “sistemão”, uma estratégia que ressoa no imaginário de um eleitorado arredio a hegemonias políticas.
A candidata do PL se posiciona como uma alternativa, desafiando tanto o governo estadual quanto o federal, ao mesmo tempo em que se alinha a figuras controversas como o ex-presidente Bolsonaro.
Essa narrativa parece simples, mas, é complexa. A própria candidata tem vínculos explícitos com um “sistemão” anterior, liderado por João Alves Filho.
Emília parece se beneficiar de uma lógica de alternância que tem prevalecido em Sergipe. Ela atrai o descontentamento popular com arranjos que se tornam muito abrangentes ou longevos.
Por outro lado, Luiz Roberto enfrenta o desafio de conquistar um eleitorado cético, especialmente aqueles que apoiaram candidatas de esquerda no primeiro turno.
A campanha do pedetista, apesar de focar em ética e trabalho, é percebida como morna e carente de autenticidade. A aliança ampla que o sustenta é vista por muitos como um amontoado de interesses dissimulados, o que gera desconfiança.
Só agora na reta final, uma postagem do influenciador digital Pedro Cazoy, em uma rede social, injetou uma nova energia na campanha, tentando mobilizar a esquerda para evitar a vitória de Emília.
Essa inusitada força, vinda na última hora, pode despertar um impulso necessário para revitalizar o apoio a Luiz Roberto. Resta saber se há tempo para reverter a grande vantagem da adversária, confirmada por pesquisa recente.
O cenário permanece incerto. Emília aproveita a vantagem de ter capturado o desejo difuso de mudança, mas a campanha de Luiz Roberto mantém a garra na busca do voto, especialmente dos eleitores mais à esquerda.
A disputa promete continuar acirrada até o minuto final, refletindo a complexidade das alianças e das expectativas do eleitorado aracajuano.

* Antonio Passos é jornalista

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