Explosão de alegria

O comércio de fogos de artifício incorre em questões de segurança, com o potencial de provocar grandes tragédias. Cabe à administração pública, portanto, atuar na fiscalização, como aliás vem fazendo, a fim de evitar o pior.

O Ministério Público de Sergipe, por meio da Promotoria de Justiça de Defesa do Consumidor, por exemplo, já caiu em campo e promoveu audiência extrajudicial com órgãos municipais e representantes de associações de comerciantes. Na pauta, a regularização da venda de fogos e medidas de fiscalização.

A precaução é necessária, tanto no comércio dos fogos de artifício, quanto no deslumbre da sua explosão. Nos dias próximos ao São João, todos os anos, a ala de queimados do Hospital de Urgência de Sergipe permanece de sobreaviso, pronta para atender a uma demanda excepcional. Os fogos de artifício, comuns neste período, encantam os olhos, fazem a alegria de crianças e adultos, mas não podem ser manejados de qualquer jeito, por qualquer um. Há risco de queimaduras muito graves.

O São João é a maior festa popular do Nordeste, tão aguardada quanto o próprio Carnaval. Está ao alcance de todo forrozeiro fazer com que o som da sanfona e o gosto bom do milho não findem estragados por uma tristeza desnecessária. O risco dos fogos é real, tão certo quanto a explosão de luz e cor. Cuidado nunca é demais.