Fontes ligadas a administração local informaram que já foram enviados ofícios para órgãos do Governo Estadual e que ainda não foram atendidos.
Fim de associações dificulta vida das pessoas em povoados de Umbaúba
Publicado em 07 de julho de 2022
Por Jornal Do Dia Se
Em Umbaúba, distante 100 km de Aracaju, as comunidades da Eugênia e Colônia Eugênia sofrem com problemas relacionados ao abastecimento o que faz a população consumir água suja ou com coliformes totais.
Em abril de 2013, essas comunidades foram beneficiadas com o Programa de Abastecimento de Água, através do Projeto de Combate à Pobreza Rural – PROSPERAR. O governador do Estado à época era Marcelo Déda, que viabilizava recursos via Banco Mundial e os destinava para a extinta Empresa de Desenvolvimento Sustentável do Estado de Sergipe – Proneseem parceria com a Secretaria de Estado da Agricultura, Prefeituras Municipais e Associações de Desenvolvimentos Comunitários para que sistemas de abastecimentos fossem implantados em diferentes localidades da zona rural sergipana.
Quase dez anos depois, na Eugênia a população reclama da falta de manutenção do poço artesiano, na estrutura de concreto que sustenta o reservatório e a limpeza do mesmo que se encontra sem a tampa para vedação contra coliformes totais. Recentemente uma criança foi internada no hospital com uma bactéria, suspeita-se que tenha sido contaminada pela água.
Já na Colônia Eugênia o problema que a população enfrenta está relacionado ao aumento da altura do nível do reservatório, limpeza do mesmo, revisão no poço artesiano e construção do sistema de distribuição de água para às residências. O sofrimento é tanto que a população cansada de esperar pelo poder público resolveu fazer uma espécie de vaquinha para comprar canos e cavar a picaretas e construir o sistema de distribuição de água para toda comunidade.
Fontes ligadas a administração local informaram que já foram enviados ofícios para órgãos do Governo Estadual e que ainda não foram atendidos. A prefeitura de Umbaúba entende que a responsabilidade pelos serviços nos sistemas de abastecimento de água das “Eugenias” é Estado.
Para agravar o problema das comunidades chama atenção o fato de que as duas Associações de Desenvolvimento Comunitário faliram deixando a população sem representação formal para cobrar às diferentes providências pertinentes aos interesses das localidades.
Diante de um cenário de subdesenvolvimento, estagnação e pobreza, moradores das comunidades cansados do sofrimento, da sede e da doença resolveram mobilizar-se para que a melhoria no abastecimento ocorra o quanto antes. Uma série de reuniões já está marcada com o objetivo de encontrar coletivamente o caminho para a melhoria da qualidade de vida e bem estar social de todos.