Finalmente

O governador Belivaldo Chagas resolveu conceder reajustes devidos ao funcionalismo. Lá se vão dez anos de perdas acumuladas para a inflação, sem qualquer espécie de compensação para os trabalhadores. Após tanto tempo, os percentuais anunciados certamente não vão agradar a todas as categorias. O impacto na folha, contudo, é milionário.
Só com os policiais civis, militares e bombeiros, beneficiados com reajuste de 7%, o impacto será de R$ 85 milhões. Isso, sem contar as promoções na carreira, tornadas mais céleres. O maior percentual, no entanto, será concedido mesmo aos funcionários na base da folha. Merendeiras, vigias, todo o pessoal do serviço geral. Estes foram beneficiados com reajuste de 34,44% – para que possam receber o salário mínimo.
O governo do estado minimiza, dessa forma, a grande desigualdade no seio do funcionalismo. Resta saber, ainda, o que será feito dos servidores do magistério. Em ano eleitoral, convém lembrar que a educação pública volta ao centro dos debates. O governador tem a oportunidade de demonstrar que o seu compromisso não é firmado apenas da boca pra fora.
Que se corrija, portanto, ao menos em parte, o absurdo observado ao longo dos últimos anos, quando o governo de Sergipe esteve à margem da Lei. O reajuste do funcionalismo é regulado por norma, como já lembrou o próprio secretário de estado da Fazenda, reconhecendo a dívida financeira e moral com os servidores estaduais. Pois então, que se cumpra.