Honrar as dívidas

Não se trata de otimismo infundado, uma disposi

ção absurda para ver o copo meio cheio, por assim dizer, ao invés de o perceber meio vazio. Mas a realidade econômica dos brasileiros já lhes permite levantar a cabeça acima dos boletos e das contas vencidas.

Aos números: Pelo segundo mês consecutivo, o percentual de famílias endividadas caiu no país, chegando a 76,1%, de acordo com a Pesquisa de Endividamento e Inadimplência do Consumidor (Peic), da Confederação Nacional do Comércio de Bens, Serviços e Turismo (CNC).

O resultado de janeiro representa uma queda de 0,6 ponto percentual em relação a dezembro e de 2 p.p. no comparativo com o mesmo período em 2024.

Não se fala aqui em um mar de rosas, mas de dados concretos. Tanto é assim que a própria CNC alerta que o endividamento das famílias pode voltar a crescer ao longo do ano. Os percentuais devem começar a subir a partir de março, fechando 2025 com 77,5% das famílias brasileiras endividadas e 29,8% inadimplentes.

Os brasileiros querem consumir, abrir a mão, adquirir bens e produtos, honrar as suas dívidas. Quando a economia ajuda, o dinheiro circula, apesar do crédito muito seletivo e os juros nas alturas. É justamente o que os números demonstram agora.