Quarta, 04 De Dezembro De 2024
       
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Maioria condena 2 dirigentes de banco


Publicado em 06 de setembro de 2012
Por Jornal Do Dia


MINISTROS JOAQUIM BARBOSA E CARMEM LÚCIA

Débora Zampier e Danilo Macedo
Agência Brasil

Brasília – Já há maioria de votos no Supremo Tribunal Federal (STF) pela condenação de dois dirigentes do Banco Rural por gestão fraudulenta de instituição financeira. O crime é um dos capítulos da acusação da Ação Penal 470, o processo do chamado mensalão.

A maioria de seis votos entre dez possíveis pela condenação de Kátia Rabello e José Roberto Salgado foi alcançada com as considerações da ministra Cármen Lúcia. Ela foi a última a votar na sessão de ontem. Embora a maioria já esteja formada, os ministros ainda podem mudar de ideia até o final do julgamento.

Outros réus – Ainda não há maioria de votos em relação aos réus Vinícius Samarane – atual vice-presidente do Rural – e Ayanna Tenório. O placar para ambos está em 5 votos a 1, mas em situações bastante diferentes: enquanto Samarane está sendo condenado por omitir dados do Banco Central, Ayanna está sendo absolvida por falta de provas.

Cármen Lúcia reforçou, em seu voto, a avaliação de outros ministros de que os empréstimos feitos pelo Banco Rural às empresas de publicidade de Marcos Valério eram "simulacros". "Não se guardou qualquer respeito em correspondência ao que era identificado e as garantias e provisões que eram apresentadas. Isso não foi feito apenas pelo presidente José Augusto Dumont [morto em 2004], mas também por Kátia Rabello. [Ela] quis fazer essas operações ciente [disso], com vontade. O mesmo há de se dizer em relação a José Roberto Salgado. Ele foi alertado dos riscos e mesmo assim permitiu, anuiu com as operações".

A votação sobre o capítulo de gestão fraudulenta prossegue hoje (6) com as considerações do ministro Gilmar Mendes. Na sequência, votam Marco Aurélio, Celso de Mello e o presidente da Corte, Carlos Ayres Britto. O STF está apenas com dez ministros porque Cezar Peluso se aposentou na semana passada e ainda não há substituto.

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