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Mais desgosto


Publicado em 10 de agosto de 2022
Por Jornal Do Dia Se


“Em meio à crise econômica e a inação do governo Bolsonaro, a fome cresce.”

Os brasileiros mais pobres não têm motivos para comemorar a deflação estampada ontem na primeira página dos jornais. Embora o Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) tenha registrado deflação de 0,68%, em julho, o grupo de alimentos e bebidas seguiu com alta de preços.
O vilão da vez é o leite longa vida, com alta de 25,46%. Proteína animal, feijão, arroz, hortaliças e frutas, no entanto, continuam custando preços proibitivos para parcelas cada vez mais amplas da população.
Verdade seja dita: O trabalhador brasileiro transpira de sol a sol apenas para colocar comida na mesa. E quem afirma é o Departamento Intersindical de Estatística e Estudo Socioeconômico (Dieese), uma fonte acima de qualquer suspeita.
É com base no custo apurado da cesta básica e levando em consideração a determinação constitucional que inclui moradia, saúde, educação, vestuário, higiene, transporte, lazer e previdência entre as despesas fundamentais, que o Dieese estima o valor do salário mínimo ideal. Em março de 2018, por exemplo, o Dieese calculou que o salário mínimo ideal para sustentar uma família de quatro pessoas deveria ser de R$ 3.706,44. Hoje, agosto de 2022, o mínimo em vigor é de míseros R$ 1.212,00.
Agosto é mais um mês de desgosto para os pobres, numa sucessão já muito prolongada de dias ruins. Não é à toa que a falta de esperança no futuro já contamina o espírito nacional, como se viu nas esvaziadas manifestações do Dia do Trabalho, em maio, antes muito concorridas. Em meio à crise econômica e a inação do governo Bolsonaro, a fome cresce.

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