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Mídia subalterna sempre contra o Brasil
Publicado em 22 de maio de 2025
Por Jornal Do Dia Se
* Rômulo Rodrigues
Alguém já disse, com precisão e sabedoria que os fatos e personagens de grande importância na história do mundo ocorrem, por assim dizer duas vezes: a primeira vez como tragédia, a segunda vez como farsa.
Então vamos rememorar fatos e identificar personagens nas pouco mais de seis décadas da recente história política brasileira.
Os primeiros fatos marcantes datam do ano de 1961 no curto e intenso governo do presidente Jânio Quadros em que ele fez uma viajem à China Popular e condecorou com a Ordem do Cruzeiro do Sul o ministro do governo cubano Ernesto Che Guevara como gesto de reconhecimento e amizade do governo brasileiro ao povo cubano, em 20 de agosto de 1961.
No mesmo período o vice-presidente João Goulart estava na China Popular em missão oficial determinada pelo presidente Jânio Quadros, que renunciou ao cargo, enquanto o substituto legítimo estava ausente do país.
Jânio renunciou em 25 de agosto de 1961, numa aparente tentativa de voltar ao poder pelos braços do povo, o que não aconteceu, com o congresso acatando a renúncia.
Naquele momento o vice-presidente se encontrava do outro lado do mundo e os militares, sempre golpistas, aproveitaram para consumar a tragédia, já que odiavam Jango porque como ministro do trabalho do governo Getúlio Vargas conseguira um aumento de 100% para o salário mínimo. Os motivos da reação dos militares estão em documentos na embaixada dos EUA.
Em defesa do respeito à Constituição Federal e ao Estado Democrático de Direito, e pela posse imediata de João Goulart na presidência da República, o governador do Rio Grande do Sul, ocupou uma cadeia de Rádios e desencadeou pela legalidade que saiu vitoriosa e garantiu a posse de Jango.
Um detalhe posterior, a companhia érea Panair do Brasil da família do Banco Bozano Simonsen foi buscar o vice-presidente no exterior para que este assumisse constitucionalmente o poder legítimo.
Outro detalhe, a esposa de Jango, Maria Tereza Goulart sofria os piores ataques de misoginia e machismo pela imprensa patronal alinhada com o golpe em andamento.
Passados 64 anos se repetem pelas veias abertas da imprensa golpista, os mesmos ataques machistas a Janja, pelo seu protagonismo internacional, nas tentativas de omissão ao sucesso das visitas do presidente Lula e comitiva à Rússia e à China onde participou com honras da celebração dos 80 da vitória do exército russo sobre as tropas nazistas e celebrou acordos de investimentos da China no Brasil no montante de R$ 37 bilhões em curto prazo e R$ 100 bilhões em médio prazo. Atacam Janja como atacaram Marisa Letícia e Dilma Rousseff.
Na solenidade em Moscou, as meninas do impeachment, que já foram meninas do Jô, achincalhara o presidente Lula por estar ao lado de ditadores como: os presidentes da Rússia, China, Cuba e Venezuela e ignorara Trump que, em visita à Arábia Saudita, pousou sorridente ao lado do ditador que mandou esquartejar um jornalista opositor.
Esse alinhamento diário a tudo que possa desgastar a imagem interna do presidente Lula tem o objetivo de alavancar o nome da extrema direita para acorrida eleitoral de 2026, em função de uma fantasia ou fetiche.
Vejamos o cenário real. Em um jantar entre chefes de Estado e convidados não está estabelecido a mudez. Portanto os temas são livres. No clima de cordialidade e diplomacia, Lula pede atenção para Xi Jinping que dê atenção ao que a Tik Tok (chinesa) vem fazendo no Brasil. Neste momento, Janja pede a palavra e detalha acontecimentos como a morte de uma criança, no que o presidente chinês prometeu providências.
Foi o suficiente para os portais de O Globo, comandados por mulheres descontarem todos os seus recalques em cima da primeira-dama do Brasil, e em vez de falarem o que de fato era notícia, baixaram os níveis ao rés do chão.
A pergunta que não quer calar é a seguinte; porque as mocinhas do impeachment, antigas meninas do Jô, não deram os braços a torcer, noticiando com o mesmo destaque que fizeram com uma mentira, que a Tik Tok já enviou uma carta ao Brasil, elogiando a argumentação de Janja e Xi Jinping já mandou um representante do seu governo para atender as demandas do governo brasileiro? Talvez, estejam admirando o Iate de R$ 1 bilhão comprado pelo patrão.
* Rômulo Rodrigues, sindicalista aposentado, é militante político