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Moradia e dignidade


Publicado em 01 de outubro de 2024
Por Jornal Do Dia Se


A oportuna intervenção da Prefeitura na Ocupação das Mangabeiras dá dignidade aos seus moradores, promove cidadania

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Os dados de saneamento básico são os que melhor traduzem a desigualdade entre os brasileiros. A população na base da pirâmide social vive em condições subumanas, sem água encanada, sem energia elétrica, sem coleta de lixo, em ruas sem calçamento, com esgoto correndo a céu aberto, em verdadeiras favelas. Infelizmente, uma política de habitação como a desenvolvida pela Prefeitura de Aracaju é iniciativa rara.

O prefeito Edvaldo Nogueira já entregou mais de 700 casas do Residencial Mangabeiras, no bairro 17 de março. Onde antes havia uma ocupação, com todas as dificuldades da ausência de saneamento, há agora dignidade.

O projeto do residencial é uma realização da Prefeitura de Aracaju com recursos do programa Pró-Moradia, do Governo Federal e contrapartida municipal, em um investimento superior a R$ 124 milhões. No total, 1.320 unidades habitacionais serão entregues.

Junto às primeiras casas, foi inaugurada também a infraestrutura completa do residencial, composta por 19 ruas com pavimentação asfáltica, redes de drenagem pluvial e de esgotamento sanitário, água potável e energia elétrica, passeios em concreto e acessibilidade.

A iniciativa da Prefeitura de Aracaju encara um problema histórico: o Brasil é um país marcado por um déficit habitacional estimado em quase 8 milhões de unidades, em cálculo da Fundação Getúlio Vargas. Nas cidades de grande e médio porte, marcadas por um crescimento desordenado, as habitações improvisadas de grandes contingentes populacionais foram naturalizadas, incorporadas à paisagem urbana.

Levantamento do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística revelou um retrato estarrecedor do Brasil. Neste país abençoado por Deus, 1,7 milhão de domicílios sequer possuem banheiros de uso exclusivo.

Como se nota, o problema não será resolvido de um dia para a noite, tem dimensões gigantescas. Mas a oportuna intervenção da Prefeitura na Ocupação das Mangabeiras dá dignidade aos seus moradores, promove cidadania. Em lugar de fazer vista grossa, a Prefeitura impediu o surgimento de mais uma favela.

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