Quarta, 04 De Dezembro De 2024
       
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Mulher passa dois dias amarrada em cativeiro


Publicado em 22 de setembro de 2012
Por Jornal Do Dia


Gabriel Damásio
gabrieldamasio@jornaldodiase.com.br

Gemidos ouvidos pela fresta de uma janela permitiram que uma equipe da Polícia Militar terminasse com o terror sofrido pela recicladora Dulcinéia Silva Barbosa, 38 anos, que passou dois dias amarrada e amordaçada dentro de uma casa na rua Capitão Manoel Gomes, bairro Santos Dumont (zona norte de Aracaju), onde funciona uma cooperativa de reciclagem. A vítima foi libertada às 10h de ontem por soldados da Companhia de Policiamento de Radiopatrulha (CPRp) e, bastante debilitada, passou o resto do dia internada na Unidade de Pronto-Atendimento Nestor Piva, na Avenida Maranhão. A vítima estava em cárcere privado desde a tarde de quarta-feira, após um assalto.

Segundo o capitão Hiran Rocha, comandante da unidade, a equipe responsável pela patrulha do Santos Dumont foi chamada por moradores próximos à casa, que desconfiaram da presença de uma pessoa no imóvel, mesmo estando ele trancado. "Os populares informaram ter ouvido sons de gemidos, parecendo ser de uma voz feminina, e não sabiam exatamente do que se tratava. A nossa guarnição foi até o local e os policiais verificaram, através das portas e das janelas, locais visíveis do interior da casa. O local estava muito escuro, mas deu pra observar que havia lá uma pessoa amordaçada e amarrada nas mãos e nos pés com fios de energia", relatou.

Após a constatação, os PMs decidiram entrar na casa e, com dificuldade abriram grades, cadeados e fechaduras. Antes de libertar a refém, eles vasculharam os outros cômodos de arma em punho, em busca de possíveis bandidos ou outros reféns, mas ninguém foi encontrado. Em seguida, Dulcinéia foi desamarrada. "A mulher estava transtornada por conta do fato, passou mal algumas vezes e chegou a desmaiar. Aos poucos, ela foi conseguindo conversar com a gente e passando o que aconteceu com ela. Para se ter uma idéia, ela sequer sabia que hoje (ontem) é sexta-feira", contou Rocha, relatando que os policiais deram água à vítima, pois ela reclamava de sede.

Dulcinéia contou, a muito custo, que foi rendida por dois homens na tarde de quarta-feira, quando se preparava para fechar a cooperativa. Eles dominaram a mulher e amarraram-na contra a parede, pelas mãos e pelos pés, com os fios de energia. Em seguida, os bandidos levaram dinheiro, um celular e objetos do local. "Os meliantes até separaram um computador para levar, mas por receio de terem sido descobertos, eles nem retornaram ao local. A refém não conseguia se movimentar e nem ser ouvida, porque os fios e as mordaças foram muito bem amarradas. Ela nem soube explicar o que motivou tamanha agressão, tamanho constrangimento que ela sofreu nestes dias", ressaltou o capitão.

O caso foi encaminhado para a 3ª Delegacia Metropolitana (Santos Dumont), que vai investigar o crime. A equipe responsável aguarda a recuperação da vítima para ouvir o seu depoimento completo e levantar mais pistas sobre os bandidos.

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