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Negacionismo persiste
Publicado em 30 de agosto de 2022
Por Jornal Do Dia Se
Não é só a covid. No Brasil, a cobertura vacinal vem deixando muito a desejar. Erradicada desde 1994, a pólio, por exemplo, volta a preocupar as autoridades sanitárias. Sem campanhas de conscientização, sem a imunização em massa, as crianças brasileiras podem arcar com consequências terríveis, fruto de negligência e desinformação, uma responsabilidade compartilhada entre o poder público e os seus próprios pais.
Em Aracaju, a Prefeitura não mede esforços para ampliar o número de crianças vacinadas. O município aderiu ao calendário nacional de vacinação contra a poliomielite ainda no início de agosto, tendo como público-alvo crianças de até 5 anos. A oferta de vacina é farta, mais do que suficiente. No entanto, menos de 30% da meta de vacinação foi alcançada, até agora.
Não é de hoje que o descaso de pais e responsáveis com as crianças da capital sergipana são percebidos nas estatísticas que acompanham e dão dimensão palpável ao negacionismo em voga. De acordo com a secretaria municipal da Saúde, dezenas de crianças foram internadas, com sintomas de covid desde o início do ano. Mesmo com a vacina disponível em qualquer esquina.
O esforço realizado pela Prefeitura, a fim de manter a pólio longe do município, não deriva de cuidado excessivo. Em verdade, trata-se de uma doença com grande potencial destrutivo, que incapacita a vítima e pode chegar a matar. Apesar disso, teorias conspiratórias prosperam. Ao contrário da vacina, falta informação, responsabilidade, consciência.