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No vermelho


Publicado em 06 de abril de 2022
Por Jornal Do Dia Se


Os brasileiros querem consumir, abrir a mão, pagar por serviços, adquirir bens e produtos. Mas a economia não ajuda. O resultado emerge em forma de renúncias pessoais, restritas ao ambiente doméstico, além de virar estatística. Segundo o Serasa, o Brasil registrou 65,2 milhões de consumidores inadimplentes em fevereiro. A marca não era atingida desde maio de 2020, no início da pandemia da covid-19.
Não se trata aqui de qualquer trocado, são mais de R$ 263 bilhões em dívidas em atraso.
Na ponta do lápis, cada brasileiro deve, em média, R$ 4.042,08. A estatística se baseia no fato de que cada número do Cadastro de Pessoas Físicas (CPF) tem, em média, 3,4 dívidas ativas.
De acordo com a Serasa, as recentes altas na taxa de juros, que encarece o crédito, e o desemprego ainda elevado, são as principais causas para o aumento da inadimplência.
A queda na renda média do trabalhador também afeta o pagamento de dívidas. Mesmo com a recuperação gradual do mercado de trabalho nos últimos meses, grande parte das pessoas estão encontrando empregos que pagam menos que o anterior, o que aumenta a dificuldade em quitar débitos em atraso.
Os reflexos do dinheiro pouco fora de circulação certamente já estão sendo percebidos pelos comerciantes. Como sempre, os lojistas são os primeiros a lidar com os bolsos vazios do consumidor. O movimento cai e o risco de desemprego aumenta, um verdadeiro pesadelo, um ciclo vicioso. Enquanto o governo federal tenta vender otimismo, os brasileiros permanecem no vermelho.

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