O dia D

É sempre tempo de abrir os olhos e aceitar a realidade em volta. Na Itália, por exemplo, um médico conhecido por liderar o movimento antivacina finalmente caiu em si, arrependido de propagar desinformação. Ao saber de um jovem morto pela covid com apenas 29 anos, o negacionista arrependido mencionou a consciência pesada. Antes de virar estatística, o defunto fez coro às sandices do médico nas redes sociais.
Não é história da carochinha, mas notícia de jornal. Mais e mais, a realidade se impõe de maneira trágica, indiferente às convicções infundadas de muita gente. Pensando nisso, talvez, a Prefeitura de Aracaju reitera o convite à imunização, em oportuna campanha para convencer os mais reticentes. Há doses disponíveis para todos os procrastinadores e retardatários da vacina.

Anunciado ontem, o Dia D da Família garantirá o acesso à primeira e segunda doses, além da dose de reforço, em diversos pontos da cidade. Em todos os postos serão disponibilizadas vacinas para crianças de 5 a 11 anos, primeira e segunda doses para pessoas acima de 12 anos, e dose de reforço para quem recebeu segunda dose há quatro meses.
Trata-se aqui de uma ruma de gente. Aracaju registra hoje 552.823 pessoas vacinadas com a primeira dose contra a Covid-19 e 488.275 pessoas com o ciclo de imunização completo (duas doses). A capital sergipana também já imunizou 27.692 crianças de 5 a 11 anos com a primeira dose. Mas nem tudo são flores. Mais de 75 mil pessoas estão com imunização incompleta. Entre estas, 11.046 têm entre 12 e 17 anos e 35.260 são adultos sem um pingo de juízo na cachola.