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Óleo nas praias


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Publicado em 25 de novembro de 2021
Por Jornal Do Dia


A sucessão de tragédias de todas as ordens, desde a sanitária até a econômica e ambiental, relegou o episódio aos escaninhos da memória. O óleo derramado sobre todo o litoral nordestino, ainda no início do governo Bolsonaro, no entanto, não tem nada de ordinário. Mesmo assim, virou notícia velha antes mesmo de responsabilidades chegarem a ser apuradas. O horror já não choca, virou matéria ordinária nas praias do Brasil.

Horror, sim. Em Sergipe, por exemplo, povos e comunidades tradicionais, quilombolas, pescadores artesanais, marisqueiras, camponeses, passaram fome. O crime atingiu em cheio a subsistência de diversos profissionais. No entanto, apesar de o episódio entrar para a história como uma das maiores tragédias ambientais brasileiras, as autoridades jamais apontaram os responsáveis pelo ocorrido. Nem o farão.

No Brasil, os crimes ambientais raramente recebem punição à altura do estrago. A tragédia de Brumadinho, no interior de Minas Gerais, soterrada pelos rejeitos de uma mineradora, é exemplar. A cidade inteira foi coberta pela lama. No entanto, a empresa Vale do Rio Doce continuou a operar normalmente.

Há algo de errado no Brasil. Esta semana, centenas de balsas a serviço do garimpo foram flagradas no leito do Rio Madeira, no Amazonas. Apesar de contar com a simpatia do presidente, a atividade é ilegal. Nem por isso motivou qualquer manifestação das autoridades competentes a serviço do governo federal.

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