Organizadas do crime

Infelizmente, o Batistão e o seu entorno já não pode ser considerado um ambiente seguro nos dias de jogo

O confronto entre Confiança e São Bernardo, último domingo, deveria ser lembrado apenas pela excelente partida disputada em campo. Casa cheia, a arquibancada do Batistão tomada pela torcida de um dos times mais queridos do estado, belos gols marcados. Infelizmente, fora de campo, marginais cobertos com as cores do time sergipano mancharam a festa com sangue – mais uma vez!

Infelizmente, o Batistão e o seu entorno já não pode ser considerado um ambiente seguro nos dias de jogo. Desta vez, um torcedor do Confiança foi morto a tiros, após a partida. Os suspeitos são três torcedores do próprio Confiança, integrantes da organizada Trovão Azul

Casos como este não são novidade. No início do ano, o clássico Sergipe e Confiança acabou em morte. Ano passado, o JORNAL DO DIA noticiou episódios semelhantes, registrados nas cidades de Itabaiana, Barra dos Coqueiros, Socorro, e na própria capital, Aracaju.

As providências para coibir a violência, no entanto, demoram. A cada novo episódio, o Poder Judiciário é acionado com a finalidade de punir os responsáveis, a fim de banir os marginais dos estádios. Mas a punição de casos pontuais não alcançam a raiz do problema: É preciso regular as torcidas organizadas, enquadrá-las, responsabilizá-las pelas ações de seus integrantes.

Enquanto as torcidas organizadas admitirem bandidos de todas as laias e estirpes em seus quadros, infelizmente, devem ser tratadas como um caso de polícia, a bem do próprio futebol.