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Pandemia sem fim
Publicado em 06 de janeiro de 2022
Por Jornal Do Dia Se
Hoje, quando a pandemia de coronavírus está prestes a completar dois anos, já não há informações novas a respeito dos riscos do contágio. Tudo o que é possível fazer para evitar a transmissão do vírus já foi divulgado. Apesar de todas as evidências recomendando a vacinação, o uso de máscaras, a higiene das mãos e o distanciamento social, muitos ainda brincam com o perigo.
O resultado da negligência é o refluxo da pandemia, ainda longe do fim. Em Sergipe, por exemplo, após a esperança concreta de superar o pior momento da crise de uma vez por todas, a Secretaria de Estado da Saúde divulgou um alerta. Com o aumento do contágio por Influenza, uma síndrome gripal como a Covid-19, novos óbitos foram registrados.
Não se trata aqui de alarme sem fundamento. Nos últimos dias, 691 novos casos de Influenza foram confirmados. Destes, 655 são de Influenza A H3N2 e 36 de Influenza A não subtipado. Ainda de acordo com o alerta, já foram registradas 26 mortes pela doença.
Brasil afora, o apagão de dados a respeito da pandemia é outro fator de preocupação. O Ministério da Saúde pouco faz para acompanhar a situação de perto. Casos brandos de Covid podem ser tomados por casos de Influenza, e vice-versa. Há poucos dias do Carnaval, não há um retrato confiável da realidade, capaz de embasar as decisões dos entes públicos. Na dúvida, os gestores mais responsáveis já cancelaram os festejos de Momo.
Certo é que a variante Ômicron da Covid-19 é muito contagiosa. A Influenza também tem um potencial letal muito superior ao de mera gripezinha. Todo cuidado é pouco. Associados, os dois vírus em circulação ainda podem acabar com a festa de muita gente.