Polícia X Governo

A queda de braço entre Polícia Civil e Governo de Sergipe está longe de chegar a um fim. As associações que integram o Movimento Polícia Unida pescoço no sentido de fazer valer as reivindicações salariais da categoria. Ocorre que a única moeda de troca a disposição dos policiais é o sacrifício imposto à população.
Não bastasse a repercussão previsível no humor do funcionalismo, todo ele sem reajuste há dez anos, há a negligência criminosa com a segurança pública. A chamada Operação Padrão coloca a sutileza de escanteio. Os policiais agem à revelia da Lei.
A estratégia adotada pelos policiais sergipanos corrobora com entendimento do Supremo Tribunal Federal, responsável por disciplinar as justas reivindicações da categoria. Os transtornos derivados de uma greve promovida por servidores públicos encarregados da manutenção da ordem redundam invariavelmente em caos. Episódios de greve policial, com consequências diversas, já foram registrados em todas as regiões do País. O risco é imenso. Com segurança não se brinca.
A decisão do Supremo, de repercussão geral, já impôs os limites necessários aos impulsos grevistas de policiais. Ontem mesmo, o Tribunal de Justiça considerou ilegal o movimento, sob pena do pagamento de multa diária de R$ 50 mil por cada uma das entidades envolvidas.