Domingo, 10 De Dezembro De 2023
       
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PRF recomenda demissão dos três policiais presos por morte de Genivaldo


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Publicado em 04 de agosto de 2023
Por Jornal Do Dia Se


Pela conduta, os policiais foram demitidos da PRF e vão ser levados a júri popular pela morte de Genivaldo. A data do julgamento ainda não foi marcada.

Milton Alves Júnior
 
Pouco mais de um ano e dois meses após Genivaldo de Jesus Santos, ter sido morto, sufocado por agentes da Polícia Rodoviária Federal (PRF), na manhã de ontem a própria corporação apresentou um relatório ao Ministério da Justiça recomendando a demissão dos três policiais envolvidos na morte – William de Barros Noia, Kleber Nascimento Freitas e Paulo Rodolpho Lima Nascimento. Contendo 13 mil páginas, o relatório deliberou ainda pela suspensão de outros dois agentes que foram responsáveis pelo preenchimento do boletim da ocorrência, visto que o documentou não apresentou transparência nem informações relevantes sobre o ocorrido.
Cidadão de 38 anos, Genivaldo morreu no dia 25 de maio do ano passado, no município sergipano de Umbaúba, após ser imobilizado pelos três agentes da PRF e colocado no porta-malas de uma viatura inalando apenas gás de pimenta e lacrimogênio por 11 minutos e 27 segundos em uma espécie de câmara improvisada. Desde o momento da ocorrência, o JORNAL DO DIA tem acompanhado este caso. Entre cerimônia fúnebre, mobilizações populares, identificação e ordem de prisão dos policiais, o JD segue apresentando os detalhes exigidos por entidades como a Ordem dos Advogados do Brasil (OAB), Ministério Público Federal (MPF), Senado Federal, Câmara Federal, entidades sociais, e corporações internacionais, a exemplo da Organização das Nações Unidas (ONU).
Sobre este pedido de demissão, protocolado de forma oficial pela PRF na noite da última quarta-feira, amigos e familiares aprovaram a medida, mas fizeram questão de destacar que esta postura demorou a ocorrer. “Mesmo lenta, o que nos conforta um pouco é que a Justiça está sendo feita. Desde que aconteceu a tragédia, a gente não tem mais sossego, a vida mudou completamente, minha mãe tem mais vida, a dor é grande, o sofrimento é muito grande, queremos que eles respondam pelo que fizeram”, declarou Damarise Santos, irmã de Genivaldo. 
Sobre o pedido de demissão, ela completou: “Isso já devia ter acontecido, eles já deviam ter sido demitidos há muito tempo. É uma coisa que não vai trazer o meu irmão de volta, mas deixa a gente mais aliviado”. 
Em junho do ano passado a equipe do JORNAL DO DIA se encontrou com William de Barros Noia, mas ele optou por não nos conceder entrevista. Sobre este pedido anunciado pelo comando nacional da Polícia Rodoviária Federal, as equipes de defesa dos réus não se manifestaram. Ainda sem data definida, os três agentes presos serão conduzidos para júri popular. O JD segue acompanhado o caso.
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