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Reconhecimento do povo


Publicado em 06 de outubro de 2014
Por Jornal Do Dia


Jackson Barreto sempre foi uma liderança extremamente popular, carismática e com uma história política de luta pela democracia durante a ditadura militar, a redemocratização do país e pelas Diretas Já. Foi vereador em 1972, deputado estadual em 1974, deputado federal em 1978 e 1982, prefeito de Aracaju em 1985, depois voltou a ser vereador, em 1992 foi eleito novamente prefeito da capital.
Em 1994, Jackson Barreto renunciou ao mandato de prefeito para disputar pela primeira vez o Governo de Sergipe. Ganhou no primeiro turno para Albano Franco, mas perdeu no segundo turno contra a força do poder econômico. Anos depois voltou a Câmara dos Deputados por três mandatos.
Em 2010, Jackson disputou o governo como candidato a vice de Marcelo Déda. Com a morte de Déda, vencido por um câncer em dezembro de 2013, JB assumiu o governo do Estado e começou a se preparar para disputar a reeleição.

Teve como principal concorrente o senador Eduardo Amorim (PSC), um adversário forte, que em 2010 foi eleito senador tendo mais votos que o governador eleito Marcelo Déda pelo fato de ter disputado uma das duas vagas de senador e ter sido votado pelos eleitores de Déda e de João Alves, que disputava o governo contra o candidato petista.

Por ter tido mais votos que Déda, um fato histórico um senador ser mais votado que um governador, já era dado como certo que Amorim seria o governador de Sergipe em 2014.
Quando nas convenções de 30 de junho, Eduardo Amorim registrou sua candidatura a governador com 15 partidos na coligação e o apoio de grandes lideranças políticas, a exemplo do prefeito de Aracaju João Alves Filho (DEM) e do ex-governador Albano Franco (PSDB), os aliados já diziam que podia comprar o terno para a posse em 1º de janeiro de 2015.
Quando a campanha começou em julho, Jackson Barreto estava atrás de Eduardo Amorim. Ao final de julho, as primeiras pesquisas mostravam um empate técnico entre os dois. Pelo Ibope, JB e EA tinham 33% das intenções de voto. Em agosto, o Ibope já mostrou Jackson à frente com 41% das intenções de voto e Amorim empacado nos 33%.

Já a última pesquisa do Ibope, divulgada na véspera das eleições, a exemplo das outras pesquisas,  deu a vitória de Jackson no primeiro turno com 46% das intenções de voto contra 35% de Amorim. Todas as pesquisas mostravam uma rejeição maior de Amorim sobre Jackson.
Ontem, fechada as urnas e computados os votos, Jackson Barreto ganhou as eleições no primeiro turno com 537.793 mil, o correspondente a 53.52% dos votos válidos. Eduardo Amorim ficou em segundo lugar com 415.641 mil votos, o correspondente a 41,37% dos votos válidos.
A vitória de Jackson é um reconhecimento do povo a sua biografia, onde, inclusive, foi preso junto com outros companheiros na ditadura militar. Foi um resgate de 1994, exatamente 20 anos depois.

Massacre
O governador Jackson Barreto (PMDB) foi reeleito governador ganhando em 67 dos 75 municípios de Sergipe. Só perdeu para o senador Eduardo Amorim (PSC) em oito municípios: Areia Branca, Canhoba, Feira Nova, Frei Paulo, Itabaiana, Moita Bonita, Ribeirópolis e Telha.

Vitória em casa
Na sua terra natal, Santa Rosa de Lima, Jackson ganhou para Amorim com 72,76% dos votos validos, quando obteve nas urnas 1.872 votos contra 643 de EA. Já Amorim venceu para Jackson em sua terra natal, Itabaiana, com 57,42% dos votos válidos, o correspondente a 26.131 votos. JB obteve 18.636, o equivalente a 40,95% dos votos válidos.

Barba e cabelo 1
Jackson Barreto não só sagrou-se vitorioso nas urnas, como elegeu a maior bancada na Câmara Federal e na Assembleia Legislativa. Para a Câmara foram eleitos pela coligação de JB cinco deputados federais: Fábio Mitidieri (PSD), Fábio Reis (PMDB), Valadares Filho (PSB), Pastor Jony (PRB) e João Daniel (PT). Pela coligação de Eduardo Amorim foram eleitos três: Adelson Barreto (PTB), Laércio Oliveira (SDD) e Mendonça Prado (DEM).

Barba e cabelo 2
Para a Assembleia Legislativa, foram eleitos pela coligação de Jackson Barreto 13 deputados: Silvia Fontes (PDT), Gustinho Ribeiro (PSD), Zezinho Guimarães (PMDB), Jeferson Andrade (PSD), Luiz Mitidieri (PSD), Luiz Garibalde (PMDB), Luciano Bispo (PMDB), Robson Viana (PMDB), Ana Lúcia (PT), Luciano Pimentel (PSB), Francisco Gualberto (PT), Jairo de Glória (PRB) e Padre Inaldo (PCdoB). Pela coligação de Amorim foram eleitos 11 deputados: Maria Mendonça (PP), Dr. Vanderbal (PTC), Pastor Antônio (PSC), Augusto Bezerra (DEM), Goreti Reis (DEM), Gilson Andrade (PTC), Valmir Monteiro (PSC), capitão Samuel (PSL), Paulinho da Varzinhas (PTdoB), Venâncio Fonseca (PP) e George Passos (PTC).

Pífia
A renovação na Assembleía Legislativa foi de quase um terço: Silvia Fontes, Robson Viana, Luciano Pimentel, Jairo de Glória, Padre Inaldo, Dr Vanderbal e George Passos. Os ex-prefeitos Luciano Bispo e Valmir Monteiro retornam a Assembleia após um período no Executivo.

Curiosidades
A chapinha da coligação de Jackson Barreto ((PRP/ PRB/PDT/PRP/PROS/PC do B/PSDC) acabou elegendo três deputados: Silvia Fontes, Jairo de Glória e padre Inaldo. O prefeito de Canindé, Heleno Silva, saiu fortalecido: elegeu o seu federal Pastor Jony e o estadual Jairo de Glória. Lagarto elegeu os três candidatos a deputado estadual: Gustinho Ribeiro, Goreti Reis e Valmir Monteiro. Itabaiana elegeu os seus dois candidatos a estadual: Maria Mendonça e Luciano Bispo. Adelson Barreto, campeão de votos para a Câmara dos Deputados, não conseguiu eleger o sobrinho, que tem como filho, Adelson Barreto Júnior, com deputado estadual.

É fato
A eleição para a Assembleia Legislativa e Câmara dos Deputados pode sofrer alteração. É que não foram computados os votos do deputado federal André Moura (PSC) e dos candidatos a deputado estadual Sukita (PSB) e César Mandarino (PSC). Eles disputaram a eleição com candidatura sub-júdice e aguardam julgamento de recurso junto ao Tribunal Superior Eleitoral (TSE) e também Supremo Tribunal Federal (STF). Se conseguirem ganhar o recurso seus votos serão computados e se obtiverem votação suficiente para serem eleitos, vão tomar posse em janeiro no lugar dos últimos colocados das suas coligações.

Confiante
Após a confirmação da vitória nas urnas, o governador reeleito Jackson Barreto, em entrevista a imprensa, agradeceu a confiança depositada nele pela população. Disse que nunca teve dúvida da vitória, pois o povo entendeu que era a "luta do bem contra o mal" e que era preciso dá continuidade ao projeto iniciado pelo então governador Marcelo Déda.

Reforma
Jackson disse que vai reformular a parte administrativa e cuidar das pessoas como prometeu na campanha. "Vamos tomar posse em janeiro. Até lá vamos organizar uma equipe, levar em consideração as questões levantadas pela sociedade com relação à saúde, segurança pública e habitação".

A voz do povo
Segundo JB, vai ser priorizado o que as ruas disseram. "As ruas disseram  vamos dá um voto de confiança a você Jackson Barreto. Sabemos das dificuldades que o Estado passa em função de queda de receita, do FPE, mas vamos trabalhar. Cada dia um desafio e temos que está preparado para enfrentar as dificuldades vividas não só pelos Estados, mas pelos prefeitos e o governo federal", declarou.

Maior satisfação
Jackson disse que estava feliz com a vitória no Estado, em Aracaju e na grande Aracaju. "Era uma questão de honra ganhar em Aracaju, resgatar a vitória na capital sergipana. Ganhar com a força que ganhamos para mostrar que o terreno daqui é o terreno da mudança, dos que pregam a modernidade na política e na administração. Resgatamos a vitória também na grande Aracaju, em Nossa Senhora do Socorro, São Cristovão e na Barra dos Coqueiros. Essa foi uma manifestação do povo contra aqueles que queriam transformar Sergipe em um balcão de negócios. Receberam um recado direto".

Recado
Revelou o governador reeleito que a derrota nas urnas não foi só para o candidato {Eduardo Amorim}, mas para o seu mentor político {Edivan Amorim}. "A derrota também foi dos seus aliados, todos quebrados e querendo chegar ao governo do Estado para resolver os seus problemas, não o do povo. Espero que façam uma reflexão sobre a lição que receberam do povo nas urnas", frisou.

Desafio
Jackson pediu a Deus que o abençoe, lhe dê força para compreender o seu papel como governador eleito. "Vou continuar trabalhando. O meu desafio é cuidar das funções administrativas para dar resposta à população", afirmou, enfatizando que uma vitória desse tamanho (122.153 mil votos) não teve em Sergipe desde a redemocratização do país.
Campanha limpa
Na entrevista que concedeu à imprensa, após o resultado das urnas, o senador Eduardo Amorim (PSC) disse que fez uma campanha limpa, transparente e sem agredir ninguém. "Respondemos no momento que precisava responder. Fomos agredidos, difamados. Estamos inteiros, melhor do que entramos, a esperança mantida", frisou.

Em frente
Disse ainda Amorim: "Dei a está causa o meu nome, a minha história e parte da minha vida. Eu me preparei de diversas maneiras. Nada a reclamar. Só a agradecer. Agradeço ao meu irmão Amorim, que não está aqui. Ele também foi atacado, difamado e se manteve inteiro. A vida continua, não me arrependo de nada. Foi muito o aprendizado. Humildemente só tenho a agradecer".

Na oposição
Eduardo Amorim disse que conversou com a direção nacional do PSC e com o presidente estadual do PSC, deputado federal André Moura, e já há um entendimento que o seu partido vai tomar o rumo da oposição ao governo federal e apoiar no segundo turno o candidato Aécio Neves (PSDB). "Vamos conduzir o grupo para a candidatura de Aécio no Estado. A luta continua para um Brasil e um Sergipe melhor".

Respeito ao povo
Ressaltou que ao lado da senadora reeleita Maria do Carmo Alves (DEM) vai retornar a luta no Senado pelo "bem do Brasil e de Sergipe". Finalizou dizendo: "Nós não perdemos, respeitamos a vontade do povo. Valeu a pena".

Faltou pouco
Foi uma grande surpresa o deputado federal Rogério Carvalho (PT) chegar ao final da eleição para o Senado perdendo para Maria do Carmo por apenas 3%. Maria conquistou 448.102 mil votos (48,91%) contra 416.988 (45,52%) de Rogério. O percentual da derrota foi semelhante ao do ex-presidente nacional do PT e ex-senador José Eduardo Dutra, contra Maria em 2006. 

Veja essa…
De Jackson Barreto, sobre a atuação das televisões em Sergipe (TV Atalaia e TV Sergipe): "As pesquisas demonstravam a minha vitória, mas tentavam enganar o povo. Os veículos de comunicação negando as informações. Pior que a ditadura militar. Lamentável. O controle das emissoras de televisão era para não deixar uma brecha para Jackson Barreto. Como lutei nas ruas contra a ditadura, fui em frente".

Curtas
O governador Jackson Barreto foi votar ontem usando uma camisa vermelha com a foto do ex-governador Marcelo Déda e a frase: "A sua luta não foi em vão. Déda presente".

Jackson disse que estava feliz com a vitória da presidente Dilma Rousseff em Sergipe. Dilma ganhou no Estado com 54,93%, Aécio Neves ficou com 22,68 e Marina Silva com 18,55%.

De JB sobre ter feito a maioria na Assembleia Legislativa: "Vamos ter uma bancada para conduzir projetos em favor do povo sergipano. Vai acabar o estilo de fazer política do quanto pior, melhor".

Jackson Barreto acompanhou a apuração dos votos no Palácio de Veraneio com amigos, secretários e assessores. Depois seguiu para a sede do seu comitê eleitoral, na Barão de Maruim, para comemorar a vitória com o povo e aliados.

Do secretário-chefe da Casa Civil, José Sobral, sobre o êxito da campanha eleitoral de Jackson Barreto neste ano: "É uma espécie de compensação do eleitorado pela derrota das eleições de 1994". Naquela eleição, Jackson venceu no primeiro turno e acabou derrotado por Albano Franco no segundo turno.

Não foram reeleitos como deputado estadual Conceição Vieira (PT), Gilmar Carvalho (SDD) e Mundinho da Comase (PSL).

Se vivo estivesse, o ex-governador interino, ex-deputado federal e ex-prefeito de Riachão do Dantas, Horácio Góis, completaria hoje 100 anos. Horácio é pai do ex-deputado estadual e presidente do PSDB, Roberto Góis.

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