Sem licitação

Sem a sempre adiada licitação do transporte coletivo, qualquer iniciativa nesse sentido resultará insuficiente

A licitação do transporte coletivo de passageiros nagrande Aracaju foi adiada, mais uma vez. Desta feita, por determinação do Tribunal de Contas do Estado, após denúncia de irregularidade formalizada por empresa concorrente.
Está difícil acreditar no sucesso da licitação. Adiada pela enésima vez, a concorrência deveria impor parâmetros aceitáveis à prestação do serviço. Mas demora a sair do papel.
De uma forma ou de outra, o fato é que o Consórcio Metropolitano do Transporte Público Coletivo da Grande Aracaju ainda não entregou a prometida licitação do serviço. Uma série de reuniões já foi realizada entre as prefeituras envolvidas. Um diagnóstico detalhado do sistema foi elaborado pela Associação Nacional de Transporte Público (ANTP), entidade contratada pela Prefeitura de Aracaju, mediante um investimento de R$ 1,9 milhão. Providências foram tomadas. Mas o concurso não se cumpre.
Certo é que o transporte coletivo de passageiros, a face mais saliente dos problemas de mobilidade enfrentados nas ruas da capital, precisa ser pensado com mais carinho. Não há coelho escondido na cartola. Os impasses não serão solucionados por passe de mágica, nem são responsabilidade do serviço prestado por empresa A ou B. Sem a sempre adiada licitação, qualquer iniciativa nesse sentido resultará insuficiente.