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Sem prevenção
Publicado em 11 de julho de 2023
Por Jornal Do Dia Se
O Brasil não está a salvo dos efeitos deletérios das mudanças climáticas. Muito focada no remédio, por assim dizer, a atuação da Defesa Civil, subordinada aos municípios, peca por não se antecipar a catástrofes previsíveis. Para ser diferente, se faz necessário o aporte de mais recursos.
Eis, em suma, o que pensam os gestores reunidos na Frente Nacional dos Prefeitos. Em comunicação remetida ao executivo federal, eles solicitam o desenvolvimento de uma política nacional de prevenção a desastres derivados da emergência climática e ambiental.
Enxurradas súbitas, chuvas inesperadas, a instabilidade climática produz vítimas, Brasil afora. Somente este ano, tragédias derivadas do volume atípico de precipitações já abateram Bahia e Rio de Janeiro. Nada impede que amanhã, sem aviso prévio, evento parecido alcance Sergipe.
Há que se desenvolver programas capazes de lidar com o imprevisto. Nos Estados Unidos, por exemplo, tornados costumam deixar um grande rastro de destruições por onde passam. Preparada para lidar com o risco, no entanto, a população conhece o caminho dos abrigas onde pode se proteger até a fúria do tempo amainar.
Em Sergipe, a Defesa Civil costuma emitir alertas a respeito de intempéries por meio da imprensa, além de enviar umas advertências para telefones cadastrados. Ainda é pouco. Sem investimento em prevenção, sem um plano de evacuação e contingência de tragédias ambientais, o prejuízo pode ser mensurado em número de mortos.