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Sem remédio
Publicado em 21 de janeiro de 2022
Por Jornal Do Dia Se
Há algo de errado no Hospital e Maternidade Santa Isabel. Segundo denúncia, faltam insumos básicos e medicamentos; cirurgias são marcadas e desmarcadas a todo o momento. Sem a menor atenção ao conforto dos pacientes.
Sem outro remédio, a população aguarda. A administração do Santa Isabel promete regularizar a compra dos medicamentos e insumos, o quanto antes. Até lá, no entanto, a dúvida é a única certeza.
A situação é crítica. A direção do hospital não nega as dificuldades impostas aos servidores, nem os percalços no trato cotidiano com a população. Mas coloca a culpa na pandemia. Não se trata de aqui de atrasos nos repasses devidos pelos entes públicos, como em oportunidades anteriores. Mas de uma limitação do mercado farmacêutico nacional. Com o estoque de medicamentos em baixa, as cirurgias eletivas ficariam em segundo plano, em favor dos pacientes internados em leitos de terapia intensiva.
Em tal contexto, cumpre-se aqui a obrigação de lembrar o óbvio, mais uma vez: São as faltas observadas na prestação de assistência básica à população que interferem direta e negativamente no cotidiano do Hospital de Urgência de Sergipe. Sobrecarregado com casos de pequena gravidade, o Huse acaba prejudicando os tratamentos de alta complexidade a que está originalmente destinado. Grosso modo, é como se os médicos se vissem às voltas com curativos e ataduras, ao invés de dedicar a devida atenção a cirurgias e tratamentos mais delicados.