Sergipe abaixo da média

Há razões de sobra para os sergipanos cobrarem providências ao governo do estado. O acanhado mercado de trabalho local carece de oportunidades – não apenas em termos de vagas, mas também, sobretudo, de uma remuneração razoável.

Sergipe está entre os estados em que o salário situa-se abaixo da média nacional, de R$ 3.225, na rabeira de uma vida digna, plena de experiências e oportunidades.

Com rendimento médio de apenas R$ 2.401, o trabalhador sergipano trabalha apenas para comer, sem direito a Cultura e lazer, por exemplo. Com a renda minguada, trata de manter a própria subsistência, nada mais.

Ao discutir capacidade salarial, convém ter em mente o cálculo do Dieese. É com base no custo apurado da cesta básica e levando em consideração a determinação constitucional que inclui moradia, saúde, educação, vestuário, higiene, transporte, lazer e previdência entre as despesas fundamentais, que o Dieese estima o valor do salário mínimo ideal – sempre muito acima do valor estipulado pelo governo federal.

Sim, moradia, saúde, educação, vestuário, higiene, transporte, lazer e previdência, despesas fundamentais, ganham contornos de luxo e ostentação, uma vez cotejadas com o rendimento médio entre os sergipanos.

Infelizmente, o salário polpudo de Fabio Mitidieri, o governador mais bem pago do Brasil, é uma escandalosa exceção à regra.