Terça, 05 De Novembro De 2024
       
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SIMULADOR NA AGRICULTURA


Publicado em 16 de fevereiro de 2019
Por Jornal Do Dia


 

* Ivan Marinovic Brscan e Manoel Moacir Costa Macêdo 
A produção agropecuária num ambiente globalizado é uma atividade complexa e onerosa em custos financeiros e riscos de difíceis controles, a exemplo dos intempéries da natureza, da competitividade e imperfeições dos mercados. Essa realidade impõe estratégias no uso dos fatores de produção no processo produtivo, a exemplo da tecnologia da informação.
Com a evolução dos meios digitais, tornou-se possível simular os componentes dos sistemas de produção de culturas agrícolas, analisar e prever o seu desenvolvimento, produção, produtividade, demanda por insumos, e impactos no meio ambiente, entre outras informações relevantes na tomada de decisão no manejo dos cultivos. Tecnologias úteis aos pesquisadores, produtores rurais e formuladores de políticas públicas.
Na atividade cientifica, o emprego de simuladores, poupa o trabalho, obtém resultados em tempo reduzido, diminuem os custos das experimentações, e reduz a mão-de-obra. Resultados dessa inovação, podem indicar a mais adequada cultivar agrícola para uma determinada região; a sua melhor época de plantio; a demanda por nutrientes e água; e os impactos ambientais; entre outros relevantes elementos no processo produtivo. Testes de simuladores tem sido realizados pela Embrapa Tabuleiros Costeiros com a cultura de cana-de-açúcar. Trata-se do simulador APSIM, acrônimo para Agricultural Production System Simulator (Simulador de Sistemas de Produção Agrícola).
Altamente avançado e em contínuo desenvolvimento, uma versão atualizada do APSIM incorpora novos recursos para mantê-lo adaptado às demandas das ciências agrárias e do processo produtivo. Esse simulador é internacionalmente reconhecido, e opera por meio de módulos, que permite a simulação de sistemas nas interações entre as plantas, o solo, o clima e as práticas de manejo dos cultivos. "O seu desenvolvimento e manutenção são sustentados por rigorosos padrões científicos e de engenharia de software", afirma o pesquisador Inácio de Barros, da Embrapa Tabuleiros Costeiros, que atuou como cientista visitante em Brisbane, Austrália, junto ao Commonwealth Scientific and Industrial Research Organisation – CSIRO, agência federal independente australiana responsável por pesquisas científicas e tecnológicas para o desenvolvimento de tecnologias em benefício da sociedade. Ao combinar os resultados de experimentação de campo com o poder analítico dos modelos de simulação tem-se uma alternativa rápida, de baixo custo e com menor demanda de mão-de-obra, permitindo avaliar os efeitos das práticas agrícolas no manejo produtivo. 
Recomendações advindas dessa simulação experimental para a cana de açúcar cultivada em manejo irrigado e de sequeiro, possibilitou identificar as melhores épocas de plantio, o tipo de colheita, as taxas de remoção dos resíduos, o pousio com leguminosa na renovação dos canaviais, as doses de nitrogênio em função do ciclo da cultura, o nível de remoção da palhada e o uso da adubação verde. Foi ainda, possível averiguar os manejos que combinam a produção de colmos e de etanol com maior eficiência no uso da água, menor perda de nitrogênio por lixiviação e conservação do estoque de carbono orgânico do solo, favorecendo, o desenvolvimento de sistemas de produção com sustentabilidade.
Uma inovação a serviço do produtor rural. O esperado em breve, é que seja uma tecnologia segura, barata e acessível ao conjunto dos agricultores nas diversas agriculturas e sistemas de produção. 
 
Ivan Marinovic Brscan é jornalista e Manoel Moacir Costa Macêdo é engenheiro agrônomo

Com a evolução dos meios digitais, tornou-se possível simular os componentes dos sistemas de produção de culturas agrícolas, analisar e prever o seu desenvolvimento, produção, produtividade, demanda por insumos, e impactos no meio ambiente, entre outras informações relevantes na tomada de decisão no manejo dos cultivos

* Ivan Marinovic Brscan e Manoel Moacir Costa Macêdo 

A produção agropecuária num ambiente globalizado é uma atividade complexa e onerosa em custos financeiros e riscos de difíceis controles, a exemplo dos intempéries da natureza, da competitividade e imperfeições dos mercados. Essa realidade impõe estratégias no uso dos fatores de produção no processo produtivo, a exemplo da tecnologia da informação.
Com a evolução dos meios digitais, tornou-se possível simular os componentes dos sistemas de produção de culturas agrícolas, analisar e prever o seu desenvolvimento, produção, produtividade, demanda por insumos, e impactos no meio ambiente, entre outras informações relevantes na tomada de decisão no manejo dos cultivos. Tecnologias úteis aos pesquisadores, produtores rurais e formuladores de políticas públicas.
Na atividade cientifica, o emprego de simuladores, poupa o trabalho, obtém resultados em tempo reduzido, diminuem os custos das experimentações, e reduz a mão-de-obra. Resultados dessa inovação, podem indicar a mais adequada cultivar agrícola para uma determinada região; a sua melhor época de plantio; a demanda por nutrientes e água; e os impactos ambientais; entre outros relevantes elementos no processo produtivo. Testes de simuladores tem sido realizados pela Embrapa Tabuleiros Costeiros com a cultura de cana-de-açúcar. Trata-se do simulador APSIM, acrônimo para Agricultural Production System Simulator (Simulador de Sistemas de Produção Agrícola).
Altamente avançado e em contínuo desenvolvimento, uma versão atualizada do APSIM incorpora novos recursos para mantê-lo adaptado às demandas das ciências agrárias e do processo produtivo. Esse simulador é internacionalmente reconhecido, e opera por meio de módulos, que permite a simulação de sistemas nas interações entre as plantas, o solo, o clima e as práticas de manejo dos cultivos. "O seu desenvolvimento e manutenção são sustentados por rigorosos padrões científicos e de engenharia de software", afirma o pesquisador Inácio de Barros, da Embrapa Tabuleiros Costeiros, que atuou como cientista visitante em Brisbane, Austrália, junto ao Commonwealth Scientific and Industrial Research Organisation – CSIRO, agência federal independente australiana responsável por pesquisas científicas e tecnológicas para o desenvolvimento de tecnologias em benefício da sociedade. Ao combinar os resultados de experimentação de campo com o poder analítico dos modelos de simulação tem-se uma alternativa rápida, de baixo custo e com menor demanda de mão-de-obra, permitindo avaliar os efeitos das práticas agrícolas no manejo produtivo. 
Recomendações advindas dessa simulação experimental para a cana de açúcar cultivada em manejo irrigado e de sequeiro, possibilitou identificar as melhores épocas de plantio, o tipo de colheita, as taxas de remoção dos resíduos, o pousio com leguminosa na renovação dos canaviais, as doses de nitrogênio em função do ciclo da cultura, o nível de remoção da palhada e o uso da adubação verde. Foi ainda, possível averiguar os manejos que combinam a produção de colmos e de etanol com maior eficiência no uso da água, menor perda de nitrogênio por lixiviação e conservação do estoque de carbono orgânico do solo, favorecendo, o desenvolvimento de sistemas de produção com sustentabilidade.
Uma inovação a serviço do produtor rural. O esperado em breve, é que seja uma tecnologia segura, barata e acessível ao conjunto dos agricultores nas diversas agriculturas e sistemas de produção.  
Ivan Marinovic Brscan é jornalista e Manoel Moacir Costa Macêdo é engenheiro agrônomo

 

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