Sinal dos tempos

Sinal dos tempos, a pauta ambiental entrou de uma vez por todas na ordem do dia. Da boca pra fora, gestores públicos e privados, instituições diversas, empresas, corporações, tomam todos os cuidados necessários à preservação do meio ambiente, seguem a legislação à risca. Na prática, entretanto, não é bem assim.
A mortandade de peixes no Rio do Sal prova que a legislação ambiental tem o mesmo efeito de letra morta. Ao invés de coibir transgressões, responde aos acontecimentos no susto, a fim de punir os abusos denunciados em episódios de grande repercussão midiática. Na prática, a atuação dos gestores públicos equivale a chorar o leite derramado.
Aos fatos: Laudo da Adema aponta esgoto doméstico como um dos fatores pela mortandade de peixes no Rio do Sal. As análises revelam ainda elevada concentração de fósforo.
Foram analisadas amostras de água recolhidos em quatro pontos ao longo do rio: Próximo ao riacho Aratu nas imediações do conjunto Fernando Collor, em Socorro; no bairro Soledade (Porto do Gringo) no município de Aracaju; próximo a ponte de acesso ao conjunto João Alves Filho; e nas imediações da orlinha do povoado São Braz no município de Socorro. Em todos os municípios aqui apontados, eis o dado inconveniente, há secretarias municipais dedicadas ao tema ambiental.
O compromisso com a preservação do meio ambiente é hoje uma imposição da opinião pública. Precisa, no entanto, entrar de fato na agenda dos gestores públicos em todas as esferas da República.